A Comissão Científica do 10º Congresso Brasileiro de Epidemiologia inova e abre espaço na programação do evento para que grupos de pesquisa, Grupos Temáticos – GTs da Abrasco e programas de pós-graduação proponham atividades autofinanciadas. A iniciativa visa ampliar o leque de atores envolvidos nas proposições de temas de interesse para a epidemiologia brasileira, bem como ampliar as fontes de recursos financeiros que assegurem a sustentabilidade do congresso. Caso a proposta seja aceita, o proponente terá até trinta dias, após receber o resultado, para confirmar a atividade. O 10º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que acontecerá de 7 a 11 de outubro de 2017, em Florianópolis, terá como tema ‘A Epidemiologia em defesa do SUS’ e como presidente o professor Antonio Fernando Boing, professor adjunto no Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina, pós-doutor na Harvard School of Public Health (Harvard University), que tem atuado no estudo dos determinantes sociais em saúde, da epidemiologia das doenças crônicas e da epidemiologia na atenção básica em saúde.
Em entrevista ao site da Abrasco, o professor Boing falou sobre o desafio em falar de SUS e Epidemiologia num Brasil que atravessa tantas dificuldades – “Tanto em sua vertente acadêmica como naquela mais voltada aos serviços de saúde, a Epidemiologia é de enorme importância para a Saúde Coletiva. No contexto brasileiro, quando inserida nas discussões sobre políticas e programas de saúde, tem o potencial de fortalecer o Sistema Único de Saúde, uma das principais conquistas sociais do povo brasileiro. Em momentos recentes temos acompanhado o papel decisivo que a epidemiologia desempenha nas ações de vigilância e de produção de evidência científica sobre doenças emergentes e re-emergentes, além do monitoramento daquelas que têm afetado a população por longo tempo. Não podemos esquecer também que o Brasil é um país marcado por um passado e um presente de profundas desigualdades. Acredito que a epidemiologia tem o poder de lançar luz sobre as injustas condições que afetam a população, sempre em busca de transformações e de uma sociedade mais equânime. O contexto sanitário, político e econômico brasileiro é desafiador. Por isso, é absolutamente vital reunirmos, em 2017, pesquisadores e profissionais que atuam diretamente nos serviços de saúde. Precisamos discutir o passado, o presente e o futuro da saúde dos brasileiros à luz do conhecimento científico e das garantias constitucionais do SUS. Temos no Brasil um coletivo extremamente qualificado atuando na academia e no SUS, e o 10º Congresso Brasileiro de Epidemiologia será um momento privilegiado para nos juntarmos e discutirmos desde avanços metodológicos na pesquisa epidemiológica até práticas de vigilância em saúde e avaliação de políticas e programas sociais e de saúde”, pontuou Antonio Boing.
É possível apresentar propostas até 22 de janeiro de 2017. As sugestões podem ser para a realização de mesas-redondas, palestras ou cursos. As mesas redondas devem contar com dois a três expositores e um moderador e terão duração de duas horas, com apresentação e debate. Já as palestras terão duração de uma hora e contarão com apenas um expositor, além do coordenador da sessão. Os cursos serão oferecidos no pré-congresso, sempre de 08h00 às 16h00.
Cada proponente poderá sugerir até duas atividades. O envio das propostas deve ser feito exclusivamente por meio de formulário eletrônico disponível neste link. O resultado da avaliação será comunicado a todos os autores proponentes até 28 de fevereiro de 2017. Dado que o programa do evento tem um limite na oferta de atividades, a Comissão Científica terá a possibilidade de aprovar apenas um número restrito de propostas. Todas elas serão avaliadas pela comissão, que vai julgar de acordo com a aderência da proposta ao tema do congresso e aos seus eixos. Assim, antes de propor uma atividade, por favor leia atentamente, em anexo, o tema do congresso, os eixos e tópicos propostos pela Comissão Científica.
É um pré-requisito ser Associado à Abrasco para submeter a proposta, que deve conter:
– Tipo de atividade (mesa-redonda, palestra ou curso)
– Título da atividade
– Convidados sugeridos, com as respectivas instituições
– Um resumo contendo no máximo 450 palavras, com uma justificativa para a proposição
– Nome(s) e endereço(s) de e-mail do(s) proponente(s)
– Fonte de financiamento para custeio de passagem e diárias dos participantes (expositores e coordenador ou moderador)