O dia 13 de maio marca, em 2024, 136 anos da assinatura da Lei Áurea, quando houve a abolição da escravidão no Brasil, em 1888. A data está em processo de ressignificação, para honrar a memória de milhares de pessoas escravizadas, que sofreram as mais diversas e cruéis violências, e passou a ser chamada de Dia Nacional de Luta e Denúncia contra o Racismo. Dessa forma, em busca de ampliar o debate sobre as iniquidades étnico-raciais em Saúde no Brasil, a Abrasco, através do GT Racismo e Saúde, listou 3 sugestões para ampliar a produção científica sobre a saúde da população negra.
Confira!
As publicações científicas que abordam as iniquidades étnico-raciais em saúde ainda não são suficientes, um reflexo do ‘pacto da branquitude’ e do racismo. É urgente a necessidade de ampliar a produção científica e dar visibilidade, com evidências científicas, às injustiças que impactam a vida dessa população, bem como direcionar ações que objetivam a equidade em saúde.
1 – Financiamento: o financiamento de pesquisadores e pesquisadoras negros e negras e da pesquisa, com editais, programas e iniciativas de fomento, é fundamental para realizar os estudos e concluir os projetos, que vão contribuir para aprimorar as políticas públicas.
2 – Liderança: uma outra medida muito necessária nesse esforço para melhorar a produção científica é ampliação da liderança de mulheres e homens negros em grandes projetos multicêntricos nacionais e internacionais.
3 – Participação: é fundamental uma maior escuta e construção coletiva com membros de comunidades negras e segundo a cosmovisão de comunidades tradicionais afro-brasileiras.