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13º Abrascão: Comissão Científica afirma opção pela transdisciplinaridade

Bruno C Dias, com Hara Fleaschen e Letícia Maçulo

Realizada na sexta-feira, 4 de março, a primeira reunião da Comissão Científica do 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – 13º Abrascão – foi marcada pela alegria do reencontro da comunidade científica com o debate sobre as formas e os desafios de se pensar um Congresso transdisciplinar.

+O 13º Abrascão será realizado em Salvador (BA), em novembro: pré-congresso entre os dias 19 e 20; congresso de 21 a 24/11 – Saiba mais sobre os preparativos!

“É uma grande alegria poder rever todos vocês, ainda que nessas janelas!” Assim Rosana Onocko, presidente da Abrasco, iniciou a reunião. Ela agradeceu o apoio da UFBA e do ISC na organização e elogiou as instalações do Centro de Convenções que abrigará o evento. Na sequência, Rosana, como presidente da Comissão Científica do Congresso, destacou os debates e ideias realizados a respeito do tema: Saúde é democracia: diversidade, equidade e justiça social. “Nas conversas da diretoria, ressaltamos o foco na Saúde Coletiva como uma unidade, fruto da integração, da riqueza e das características históricas que formam o nosso campo, superando uma certa tendência da gente em fragmentar e subespecializar demais”, disse. Rosana apresentou a proposta dos elementos do tema serem os quatro grandes eixos aglutinadores da programação, proporcionando, dessa maneira, o encontro e a troca de saberes entre as diferentes áreas e temáticas da Saúde Coletiva.

A reunião contou com grande audiência, com a participação dos ex-presidentes da Abrasco Arlindo Fabio, José Carvalho de Noronha, Cecilia Minayo, Moisés Goldbaum, José da Rocha Carvalheiro, Luis Eugenio de Souza, Gastão Wagner e Gulnar Azevedo; e de representantes de todas as comissões, comitês, fóruns e grupos temáticos da Associação. Em duas horas de reunião, diversas intervenções deram apoio à proposição da diretoria, destacando os desafios de fazer assuntos centrais às discussões da Saúde Coletiva terem seu devido espaço, sendo que boa parte deles são interdisciplinares por natureza, podendo compor todos ou a maioria dos eixos. As intervenções frisaram também o cenário político deste ano de 2022 e a centralidade de o Congresso ser realizado após as eleições presidenciais, em outubro.

Olhar para dentro e para fora: Maurício Barreto, presidente de honra do Congresso, frisou o papel do Abrascão em ter a capacidade de pautar as grandes questões centrais dos tempo contemporâneo, com diferentes olhares. “Estaremos num momento específico da nossa história. Esperamos que seja um momento de restabelecimento da democracia brasileira, no qual precisaremos elaborar proposições. Logo, necessitaremos, então, de eixos para olhar para fora – debates globais – e para dentro – como a Abrasco vai se direcionar e participar ativamente da reconstrução do país”.

Já Isabela Cardoso, presidente da Comissão Organizadora, disse da satisfação das instituições baianas receberem o convite para a realização do evento. “As ações preparatórias já começaram e estão em intensidade, com articulações entre as secretarias da capital e estaduais de saúde e de ciência e tecnologia, a Fiocruz, a OPAS e um conjunto de atores locais e nacionais para que a gente construa um congresso que reflita nossos debates e também as mudanças que esperamos acontecer com essas eleições.”

Ao final, Rosana Onocko agradeceu a presença de todos e, de posse da diversidade e generosidade das falas, opiniões e sugestões, irá organizar uma  matriz integradora, composta pelos eixos propostos e por temáticas relevantes para a Saúde Coletiva, e um termo de referência que materialize a discussão e dê as condições para que o Abrascão “pense soluções e propostas para reconstruir o que foi destruído nesses últimos anos”.

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