Com lotação máxima, a mesa Inteligência Artificial na Comunicação Científica: usos, limites e desafios integrou a programação do 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva na última segunda-feira, 1º de dezembro. A atividade, proposta pelo Fórum de Editores de Saúde Coletiva da Abrasco reuniu editores de periódicos científicos para discutir os impactos da inteligência artificial nos processos de produção, avaliação e disseminação do conhecimento científico.
Participaram do debate Alexandre Chiavegatto, editor da Revista de Saúde Pública; Luciana Dias Lima, editora dos Cadernos de Saúde Pública; e Sérgio Rego (Fiocruz). A mediação foi conduzida por Leila Posenato, da Revista Brasileira de Saúde Ocupacional.
A mesa abordou usos atuais da inteligência artificial na comunicação científica, seus limites éticos e metodológicos e os desafios colocados para a integridade da pesquisa, o trabalho editorial e a circulação do conhecimento.
Angélica Fonseca, coordenadora do Fórum de Editores, e editora da Revista Trabalho, Educação e Saúde destacou que as exposições ofereceram uma abordagem ampla sobre o tema. Segundo ela, “as falas proporcionaram um olhar abrangente, incorporaram perspectiva histórica, práticas rotineiras, riscos e questionamentos éticos, inclusive sobre o impacto ambiental do uso de IA. O que se mostrou consensual é a importância da ação crítica, exclusivamente humana, como parte indissociável do bom uso”.
O 14º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva foi realizado de 28 de novembro a 3 de dezembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, com o tema “Democracia, equidade e justiça climática: a saúde e o enfrentamento dos desafios do século XXI”. O evento reuniu pesquisadores, profissionais de saúde, gestores, estudantes e representantes de movimentos sociais de diferentes regiões do país.
