Em 2020 o GT Gênero e Saúde da Abrasco completou 25 anos. Diante da pandemia de Covid-19, a comemoração do marco foi adiada, e aconteceu na sessão especial “25 anos de Gênero na Saúde Coletiva: memórias para o presente e o futuro“, em 25 de novembro de 2021, durante o 11º Congresso Brasileiro de Epidemiologia.
“Desde sua criação o GT tem reunido pesquisadoras das distintas áreas da Saúde Coletiva. Feministas que construíram um espaço inovador do diálogo e formação de propostas visando consolidar o campo de estudos de gênero na saúde coletiva”, afirmou Ana Paula Reis, coordenadora do GT e professora do ISC/UFBA, na abertura da atividade.
Estela Aquino (ISC/UFBA), vice-presidente da Abrasco, integradnte-fundadora do grupo, contou que o objetivo das primeiras pesquisadoras era ampliar o ensino e a produção de conhecimento sobre o tema, motivadas pela intensa politização na década de 1980, tanto do movimento feminista, quanto do movimento da reforma sanitária – e na luta pela redemocratização, durante a ditadura militar: ” Nós, da saúde, estavamos nas ruas, nos encontros, mas não ainda no ambiente acadêmico, onde persistia a perspectiva biomédica materno-infantil, e o tema da sexualidade não constava nas nossas pesquisas”.
Já Daniela Riva Knauth, docente da UFRGS, e também integrante histórica do grupo, pontuou que a iniciativa foi bem sucedida, mas que ainda é preciso fomentar a discussão sobre gênero no âmbito da saúde: “Há um resultado nos currículos vinculados à saúde coletiva e saúde pública, a temática do gênero foi incorporada. No entanto, ainda temos uma dificuldade muito grande em cursos como medicina, enfermagem, farmácia, ondontologia, e outros tradicionais da área de saúde, que permanecem muito fechados”.
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