Em meio ao processo de desinvestimento no Sistema Único de Saúde (SUS), os trabalhadores, pesquisadores e docentes não deixam de refletir sobre a construção do que deve ser a saúde da sociedade brasileira e seguir o seu desenvolvimento por meio das regiões de saúde e sobre as ações nos territórios e o papel do planejamento em saúde como forma de corrigir históricas desigualdades sociais. Esses serão os temas em debate na mesa-redonda Desigualdades territoriais, Planejamento regional, Políticas Sociais e de Saúde, que acontecerá em 02 de maio, às 10h45, durante o 3º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, em Natal (RN).
A atividade promoverá o debate de maneira transdisciplinar, contando com uma composição diversificada para propiciar diferentes perspectivas da Saúde. Estarão presentes Tânia Bacelar, economista e pesquisadora do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA); José da Rocha Carvalheiro, médico sanitarista, professor aposentado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP/USP), pesquisador associado ao Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e presidente da Abrasco de 2006 a 2009; e Luciana Dias de Lima, médica sanitarista e pesquisadora titular da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e Grácia Gondim, professora da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venancio (EPSJV/Fiocruz), arquiteta de formação, especialista em engenharia sanitária e doutora em Saúde Pública pela ENSP/Fiocruz, que fará também a mediação da mesa.
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“No cenário político recente do golpe de estado, marcado por retrocessos irreversíveis a curto e médio prazo, nas políticas sociais e nas liberdades individual e coletiva, com aumento rápido das desigualdades sociais e precarização do trabalho e do emprego, se conseguirmos manter os investimentos previstos para o SUS de modo a assegurar seus princípios doutrinários e organizacionais para proteger a vida e cuidar das pessoas, já é um grande desafio”, destaca Grácia Godin.
A perspectiva de Grácia é debater como o setor saúde tem se apropriado dos sentidos do conceito Território e como ele vem sendo utilizado. “O debate no qual me insiro possibilita situar a importância dessa categoria geográfica, suas múltiplas dimensões e escalas, para organização e articulação das redes de atenção à saúde do SUS (RAS-SUS), no sentido da garantia do acesso universal, integral e equânime e que leve em conta a participação social da população que compõe o espaço”, afirma a pesquisadora, que espera que o Congresso seja um encontro participativo e dialogado, de luta e de resgate da democracia.
ATENÇÃO: Os aprovados para apresentação no 3º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, tanto para as sessões de comunicação coordenada como para a exposição dos pôsteres, precisam efetuar até 31 de março o pagamento da inscrição. Sem esta confirmação, o autor responsável pelo trabalho (autor principal ou coautor) não receberá certificado, o trabalho não poderá ser apresentado e não poderá ser incluído nos Anais. Este prazo não terá prorrogação.
Interessados em participar como ouvintes também devem aproveitar o fim do terceiro prazo de pagamentos, que encerra também em 31 de março. O quarto e último prazo encerra em 20 de abril, facultado apenas para participantes sem trabalho. Acesse aqui esta e outras informações.