Sob o tema “O Sistema Único de Saúde e seu Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, a 7ª edição do Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária da Abrasco, o 7º SIMBRAVISA, traz em sua concepção visual as cores intensas de um dos estrangeiros mais baianos que Salvador já acolheu, o artista argentino Hector Bernabó, mais conhecido como Carybé (1911-1997).
O 7º SIMBRAVISA, que acontecerá de 26 a 30 de novembro de 2016, em Salvador, sempre se constituiu em um momento de aprofundamento do diálogo entre academia, os serviços de vigilância sanitária e a sociedade, visando o desenvolvimento teórico-conceitual, metodológico e das práticas desse campo específico da saúde coletiva, no contexto das políticas de saúde.
A definição desta oportuna temática decorreu da análise da situação política e econômica atual do nosso país, que traz riscos reais de retrocessos aos direitos sociais conquistados com a Constituição de 1988. O SUS, considerada a política do Estado brasileiro mais inclusiva de todos os tempos, está sob sérias e graves ameaças, especialmente a manutenção do seu caráter universal, público e gratuito. Isto porque, a resposta diante da crise ao subfinanciamento crônico, não vem por propostas de mais recursos públicos para investimentos e custeio para as ações e serviços de saúde, ao contrário disso, o que assistimos no Congresso Nacional são investidas no sentido de mudanças à Constituição, para permitir a entrada direta de capital e seguradoras estrangeiras no mercado da saúde, além de projeto de emenda constitucional que obriga as empresas a contratarem planos de saúde para seus empregados.
O desdobramento do tema SUS e o SNVS na programação do 7º SIMBRAVISA se dará em três grandes eixos, resumidamente: 1- O SNVS como subsistema do SUS (vigilância sanitária à luz dos princípios do SUS; risco e regulação sanitária, Vigilância Sanitária na contemporaneidade); 2- O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (gestão, infraestrutura, financiamento, organização, modelo de atuação, instrumentos e tecnologias de intervenção, papel estratégico dos laboratórios); 3- Formação, educação e trabalho em Vigilância Sanitária (formação e interdisciplinaridade, força de trabalho, modelos de práticas, risco e práticas de Visa, integração ensino e serviços de Visa).
“Reforço o convite para que todos venham ao 7º SIMBRAVISA, e que aproveitemos a oportunidade para refletir, dialogar, trocar idéias e experiências sobre esta área que é uma das mais antigas e desafiadoras da saúde coletiva, a vigilância sanitária”, pontua Gisélia Santana Souza, Presidente do 7º Simpósio.
(publicado originalmente em 04/04/2016)