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8M: Ágora Abrasco reflete sobre mulheres brasileiras, ciência e Covid-19

Neste 8 de Março, a Abrasco reuniu oito mulheres para debater sobre desafios e vislumbrar novos horizontes de atuação para uma sociedade mais igualitária. Em ambiente virtual, abrasquianas e convidadas refletiram sobre os desafios de se fazer ciência enquanto mulher, sobre a jornada dupla (às vezes tripla), a discrepância entre a presença de mulheres e homens em cargos de liderança e na área da produção de conhecimento, dificuldades comum para todas e que ainda se agravam de acordo com origens, etnias e regiões e histórias. A conversa marcou o retorno da Ágora Abrasco em grande estilo.

A sessão contou com a coordenação de Ana Paula Reis (Coordenação do GT de Gênero e Saúde/Abrasco e UFBA) e de Luanda Lima (Coordenação do GT EPS/Abrasco-IFF/Fiocruz e Parent In Science). Para fortalecer o debate, contamos com a participação das convidadas Letícia  Oliveira (Parent in Science e UFF); Cláudia Rodrigues de Oliveira (GT Racismo e Saúde/Abrasco e UFRGS); Francine de Souza Dias (GT Deficiência e Acessibilidade/Abrasco e ENSP/Fiocruz); Helena Leal David (GT Educação Popular em Saúde/Abrasco e UERJ) e Inara do Nascimento Tavares (GT Saúde indígena/Abrasco e I.Insikiran/UFRR).

A presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo e Silva (IMS/UERJ), abriu o encontro pontando a importância das mulheres na luta contra a COVID-19. “Durante um ano, as mulheres estão fazendo o que podem para proteger seus filhos, os idosos, seus parceiros e toda a comunidade nessa pandemia.”

Para as palestrantes, a pandemia acentuou a situação de vulnerabilidade de algumas mulheres. “Sabemos que em guerras, epidemias ou crises sociais graves, as mulheres são as mais atingidas. As consequências econômicas que atingem a todos também incidem de modo particular nas mulheres. Somos nós que mais perdemos emprego e renda, inclusive durante a pandemia atual.” afirma Ana Paula Reis (Coordenação do GT de Gênero e Saúde/Abrasco).

Os efeitos da pandemia são sentidos ainda mais intensamente pelas mulheres com filhos que desejam seguir seus estudos. Administrar a casa, a família, o trabalho e os filhos é uma tarefa hercúlea. A convidada Letícia  Oliveira (Parent in Science e UFF) trouxe pro debate a questão da parentalidade no meio científico. “Nós observamos que por conta da pandemia as mulheres estavam extremamente sobrecarregadas. No levantamento feito pela Parent in Science, percebemos que apenas 9% das discentes de pós graduação com filhos estavam conseguindo trabalhar normalmente durante a pandemia.”

A conversa também abordou temas como assistência para mulheres com deficiência, estratégias de combate à pandemia em aldeias e as dificuldades encontradas por mulheres mães em seus ambientes de trabalho. O evento foi transmitido ao vivo pela TV Abrasco, canal da Associação no YouTube, e pode ser conferido na íntegra pelo player abaixo. 

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