A Saúde Coletiva é feita por mulheres
“O maior desafio em nossa área e em muitas outras é ocupar lugares de coordenação, gestão, ou liderança sem reproduzir o modelo falocêntrico e patriarcal. As mulheres precisam mostrar ao mundo que outra forma de gestão da vida é possível: solidária, cooperativa e reparadora”, afirma Rosana Onocko Campos, presidente da Abrasco.
Dados recentes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva demonstram que 67% das pessoas associadas à entidade se identificam como mulheres: pesquisadoras, docentes, estudantes, militantes, gestoras e trabalhadoras em defesa da saúde pública, universal, equitativa, gratuita e de qualidade.
O Dia Internacional da Luta das Mulheres é celebrado no mundo inteiro como um marco de luta e reivindicação por uma sociedade igualitária. Neste 8 de Março, a presidente e as vice-presidentes da Abrasco refletem sobre os desafios e os avanços da luta das mulheres no âmbito da Saúde Coletiva.
O GT Gênero e Saúde da Abrasco existe há mais de 25 anos, em luta pela equidade de gênero na ciência e apoio à Abrasco em suas manifestações públicas pela garantia de direitos sexuais e reprodutivos. Clique para acessar documentos, relatos e notícias que contam a história do GT ao longo dos anos.
Eleonora Menicucci: “Tudo o que construímos na Secretaria de Políticas para as Mulheres foi detonado”
“Digo sem medo que tudo o que foi construído para garantir os direitos das mulheres foi detonado, não tem mais nada. Temos de recuperar o projeto do SUS para todas as áreas. O atual governo tirou a violência obstétrica do quadro das violências tipificadas contra as mulheres, sendo que a mortalidade materna ainda é muito alta. Temos só um caminho para que a esperança retorne e se torne realidade”.
Eleonora Menicucci de Oliveira, professora da Unifesp, Ministra-Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo da presidenta Dilma Rousseff de 2012 a 2016, e associada à Abrasco, conta sua própria trajetória e analisa a conjuntura atual, em entrevista à Comunicação da Abrasco.
Justiça reprodutiva: aborto legal já!
Pauta histórica do movimento das mulheres, o direito ao aborto seguro, legal e gratuito é discutido no âmbito da Saúde Coletiva como medida de saúde pública. Confira material que pode ser útil para o acúmulo do debate, em âmbito político e acadêmico.
Mulheres nas ruas
Neste dia 8 de Março, mulheres de todo o país se reúnem em atos por justiça reprodutiva, contra a fome e o desemprego – que atingem majoritariamente as mulheres – e Fora Bolsonaro. Homens também são bem-vindos nas ruas, construir uma sociedade igualitária é papel de todas e todos! Confira a hora e o local das manifestações em sua cidade.