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A contribuição da RBE na disseminação do conhecimento: avanço nas métricas e respostas à epidemia

Editada pela Abrasco, a Revista Brasileira de Epidemiologia (RBE), está em contínuo aperfeiçoamento editorial. Reduzir o tempo de análise dos artigos, manter a qualidade da revisão, ampliar o acesso aos artigos e avançar nas métricas estão entre os desafios. Em tempos acelerados de Covid-19, o trabalho dos editores aumenta, porém, a contribuição para a disseminação do conhecimento e do avanço da ciência e a busca das respostas para entender melhor a nova doença motivam a comunidade de epidemiologia.

“É com satisfação que a gente vê que a comunidade está tentando achar respostas e entender melhor a complexidade que é essa epidemia”, ressaltou Márcia Furquim, professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP USP) e editora da RBE. Desde o início da pandemia, a revista está trabalhando com o método fast-tracking nos artigos sobre Covid-19, acelerando o processo de revisão por pares. A editora explicou que cada artigo passa pelos cinco editores científicos e depois pode seguir, ou não, para um editor associado específico da área. Artigos também chegam via servidor de preprints da SciELO, que também dá mais rapidez ao processo de divulgação. Os processos são feitos de maneira online. Até julho, a RBE recebeu 628 submissões, sendo 90 sobre Covid-19.

Antonio Fernando Boing, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), membro da diretoria da Abrasco e também editor da RBE, falou sobre a diminuição do tempo nas análises dos artigos, desde antes da pandemia. Em 2019, o tempo médio para decisão foi de onze dias para recusas imediatas e pouco mais de dois meses para aqueles que foram aceitos após revisão por pares. “Nós entendemos que um processo editorial ágil, com a consequente disseminação do conhecimento no momento em que é produzido, é muito importante para a ciência. Da mesma forma, é respeitoso com os autores. Imprimimos uma análise editorial com muito rigor e qualidade, e disso temos muito orgulho” disse o professor.

A publicação tem registrado avanços nas métricas nas diferentes bases de indexação, com crescimento nos índices no CiteScore, no SJR e no recém publicado ranking do Google Scholar. “Acompanhando as nossas outras colegas revistas de saúde coletiva, crescemos em comparação ao ano passado e estamos entre as revistas com maiores indicadores do Brasil no ranking”, afirmou Boing. O próximo passo nessa seara é o ingresso na lista de títulos da Web of Science,  já solicitado e em análise.  

O professor também destacou o acesso aos artigos da revista. “Em 2019, obtivemos o maior número absoluto de consultas aos artigos da RBE na história, com mais de 1,3 milhão de acessos aos resumos e artigos em PDF e HTML, o que representa um aumento de 18% em comparação a 2017”.

A parceria com a Comunicação da Abrasco foi ampliada e que, assim, a visibilidade da revista aumenta. A revista faz parte da Agência Bori, iniciativa que dissemina o conhecimento científico à imprensa de todo o país. “O mais importante para nós é continuar contribuindo com a disseminação dos estudos sobre a situação de saúde da população, sobre reflexões teóricas do campo e avanços metodológicos da epidemiologia”, concluiu Boing.

Márcia Furquim reiterou sobre a produção da comunidade científica brasileira dizendo que a sensação “é extremamente positiva”, e que “mostra que a gente está tentando, a gente está conseguindo. E é essa resposta social que a revista tem que dar”, finalizou a editora sênior.

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