Pesquisar
Close this search box.

 NOTÍCIAS 

A Covid-19 e o SUS: processo civilizatório versus recaídas obscurantistas – Artigo de Nelson Rodrigues dos Santos

Hara Flaeschen

As evidências científicas indicam que 60% das doenças transmissíveis humanas – e 75% das novas doenças infecciosas – são zoonoses. É um reflexo das mudanças no modo como a humanidade explora as matérias primas e se relaciona com o planeta. O coronavírus, no entanto, é um “inimaginável efeito surpresa”, segundo o artigo A Covid-19 e o SUS: algumas reflexões e instigações – Processo civilizatório versus recaídas obscurantistas , do abrasquiano Nelson Rodrigues dos Santos, professor aposentado da Unicamp e pesquisador do IDISA.

No texto escrito para a palestra de abertura do 5º Congresso Paranaense de Saúde Pública, Santos apontou que – ainda que o vírus seja  inesperado – foram as decisões do Executivo que agravaram os efeitos da pandemia sobre o povo brasileiro. Segundo o pesquisador, o governo federal abdicou “da responsabilidade constitucional de interagir construtiva e articuladamente com os governos estaduais e municipais, com eles integrando e coordenando a potencialização da capacidade de combate à pandemia, dever constitucional do SUS”.

Além de comentar a falta de coordenação na gestão da crise sanitária, na esfera federal – que ele nomeia de “omissão” – Santos também analisou a resposta das Secretarias de Saúde estaduais e municipais à doença.  Ele afirmou que os estados e municípios, articulados com instituições de pesquisa em saúde pública, traçaram planejamentos para controlar a pandemia. No entanto, é cada vez mais normal a volta de atividades não essenciais: “As posições e ações do Executivo Federal, em articulação com certas redes sociais sob iniciativas e pressões obscurantistas, e setores empresariais mais insensíveis, mercadistas e especulativos, vêm jogando contra o confinamento e fragilizando os esforços das esferas estadual e municipal”.

O texto também aborda elos entre a pandemia e a política econômica dominante; encruzilhadas sociais, políticas, econômicas; o papel do SUS diante deste cenário; e   considerações sobre o processo civilizatório. Clique e baixe o arquivo em PDF, para ler o texto na íntegra.

Associe-se à ABRASCO

Ser um associado (a) Abrasco, ou Abrasquiano(a), é apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, mas também compartilhar dos princípios da saúde como processo social, da participação como radicalização democrática e da ampliação dos direitos dos cidadãos. São esses princípios da Saúde Coletiva que também inspiram a Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde, o SUS.

Pular para o conteúdo