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Rosana Onocko: A reconstrução do SUS não pode ficar apenas nas mãos de um novo governo

Letícia Maçulo



O portal Outras Palavras ouviu a presidente da Abraso, Rosana Onocko, sobre as expectativas para a Conferência Nacional Livre Democrática e Popular da Saúde. O evento será lançado no dia 7/4, dia Mundial da Saúde. 

Para Rosana Onocko, o encontro deve celebrar a resistência do setor da Saúde Pública em tempos ásperos – mas precisa ir além. “A reconstrução do SUS em novas bases não pode ficar apenas nas mãos de um novo governo”, afirma Rosana. Ainda em processo de construção coletiva, as expectativas são de que a conferência impulsione a refundação do movimento da Reforma Sanitária. E de acordo com Rosana, isso implica em se apoiar nos princípios da luta que levou à criação do SUS, buscando formular uma nova agenda, capaz de responder às realidades que emergiram, na Saúde, ao longo de quatro décadas.

Atingida desde 2016 pelo desfinanciamento, e ultrajada no período Bolsonaro pelas políticas negacionistas que desfiguraram a ação do ministério, o setor da saúde resiste. A pressão das entidades científicas, de grupos de pesquisa, das entidades que compõem o Conselho Nacional de Saúde (CNS), bem como do conjunto da sociedade civil pela ampla vacinação, apesar das inúmeras tentativas de sabotagem do governo, é uma expressão desta resistência. O surgimento e avanço da Frente pela Vida é outra. Formada há dois anos por um grupo de entidades da sociedade civil, ela ganhou corpo e legitimidade. Produziu um Plano de Enfrentamento à Pandemia, documentos intersetoriais reunindo Saúde, Educação e Assistência Social e a campanha “O Brasil Precisa do SUS”.

Uma síntese com o debate sobre eixos de mudança e fortalecimento do Sistema será divulgada em breve. Quem quiser já se ambientar na discussão pode baixar no site da Frente Pela Vida documentos recentes da Abrasco e do Cebes – acesse “Baixe os Materiais“. Para Rosana, o quanto mais o processo for múltiplo e diverso, melhor. “Se as iniciativas se disseminarem, se a Conferência acabar saindo de nosso controle, aí estará um sinal de seu sucesso”, afirma.
 
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