“O Gramsci dizia que do futuro a gente só pode prever a luta. Enquanto houver pessoas oprimidas, e enquanto houver opressor – com todas as dimensões que o conflito se coloca no Brasil hoje – podemos entender que a Reforma Sanitária não acabou”, disse Jairnilson Paim, sanitarista histórico e pesquisador da UFBA, durante o Esquenta Abrascão que aconteceu em 4 de outubro.
O painel Da tropicália à Saúde Coletiva: as ‘revoluções’ dos anos 1960-70 abordou o contexto da efervescência de movimentos contra-culturais, e de luta pela democracia do período, incluindo o movimento da criação da Saúde Coletiva.
“Nas origens da Saúde Coletiva, a gente vê um olhar diferente de tratar o sujeito. E havia uma oposição a este pensamento, que não vinha do conhecimento médico, era já miscigenado com as ciências humanas e a filosofia”, afirmou Madel Luz, referência na área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde.
Participaram do evento Moises Gouldbaum, ex-presidente da Abrasco, Paulo Amarante, percussor da reforma psquiátrica, Ligia Maria Vieira da Silva, pesquisadora da UFBA, e Andre Mota , da USP. A coordenação foi de Lilia Blima Schraiber, vice-presidente da Abrasco. Assista: