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A saúde mental e a responsabilidade dos jovens periféricos na pandemia

As vidas de jovens da periferia que têm assumido as responsabilidades de se tornarem chefes de família diante da perda dos pais por Covid-19 é mais uma triste face da pandemia. Pesquisas apontam que a maioria dos jovens sofre desconfortos físicos e emocionais durante o confinamento, atingindo fortemente as condições de saúde mental. O assunto tem sido pauta da imprensa e, em matéria da TVT, a Abrasco pontuou o tema com a participação de Nilza Rogéria, do GT Promoção da Saúde e Desenvolvimento Sustentável.

Nilza Rogéria de Andrade Nunes, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), falou sobre suas pesquisas com jovens periféricos, em sua maioria, negros. “Para eles, o peso se torna muito mais acentuado, agudiza muito mais, porque as condições sociais e econômicas são muito menos favorecidas”, afirmou.

A pesquisadora ressaltou ainda a dificuldade da educação dos jovens, já dispersos pela própria faixa etária, e ainda tendo que se concentrar com poucos equipamentos e recursos, na situação atual da pandemia. Mariana Xavier, mestre em Saúde Coletiva, pontuou que são comuns os quadros de depressão e ansiedade em jovens, situação agravada com a pandemia. Com as perdas, muitos jovens são convocados a responsabilidades no cuidado da família mais cedo, podendo levar ao abandono dos estudos, por exemplo.

Em julho de 2020, o tema foi discutido na Ágora Abrasco. Nilza Rogéria e Mariana Xavier participaram do painel Juventudes e vulnerabilidades na pós pandemia: desafios e perspectivas, que também contou com as presenças de Luciano Pimenta, Orome Otumaka Ikpeng e Tâmara Rios de Souza.

Assista à reportagem na íntegra.

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