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Abrasco contra o desmonte do SUS – Centros de Atenção Psicossocial do Rio correm risco de fechar

Vilma Reis com informações do Bom Dia RJ

Dois centros de apoio à usuários de drogas no Rio podem fechar por falta de pagamento aos funcionários, os trabalhadores não receberam os salários de julho e de agosto. Uma das unidades já faz racionamento de produtos de limpeza. Este foi o tema de uma reportagem veiculada hoje no Bom Dia RJ, da TV Globo. A Abrasco segue na sua missão institucional de defender o SUS e de denunciar movimentos que demostram claramente o interesse em fragmentar o sistema – seja por inanição de recursos, seja por má condução da racionalidade de gestão. O fazemos pelo SUS e pela saúde do Rio de Janeiro: resistiremos e lutaremos.

Os dois Centros de Atenção Psicossocial – Caps, que atendem usuários de álcool, de drogas e pessoas com transtornos mentais correm o risco de fechar no Rio de Janeiro por causa da falta de pagamento aos funcionários. Eles não receberam os salários de julho e de agosto. “Tem muitos colegas que são arrimo de família e não têm condições mínimas de ter o que comer dentro de casa”, explicou uma funcionária, que preferiu não se identificar.

A rede dos Caps conta com 30 unidades no Rio de Janeiro. Seis deles têm a gestão comandada pela ONG Viva Rio. Os outros 24 contam com gestão direta da prefeitura. No Caps Paulo da Portela, em Madureira, na Zona Norte do Rio, acontece racionamento de produtos de limpeza e lençóis de cama. A água e a luz também podem ser cortadas a qualquer momento porque as contas de julho ainda não foram pagas.

A unidade de Ramos, na Zona Norte do Rio, também passa pelo mesmo problema. No Caps Miriam Makeba acontecem cerca de 400 atendimentos a usuários de álcool e drogas por mês. O local fica aberto 24 horas por dia.

A ONG Viva Rio disse que as unidades de Ramos e Madureira não precisaram parar de funcionar. Mas diante das dificuldades, os funcionários seguem trabalhando por amor. “A gente continua a fazer todos os tipos de acesso a estes pacientes. A gente continua fazendo ações de território, ações dentro de cracolândia. A gente continua garantindo assistência. O que fica mais difícil para a gente não é só a questão do pagamento. É o investimento de toda uma vida dos profissionais, porque acreditam nesse trabalho”, explicou a funcionária. A Secretaria Municipal de Saúde disse que trabalha para fazer os repasses de verbas às organizações sociais no menor tempo possível. O Viva Rio não quis comentar os atrasos.

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