A Abrasco segue denunciando o desmonte do Sistema Único de Saúde – SUS. Também o fazemos em defesa dos direitos sociais, do enfrentamento à pobreza, pela redistribuição de renda. O SUS é um sistema muito forte, e ao mesmo tempo muito atacado e muito maltratado – pelo subfinanciamento, pela gestão cada vez mais patrimonialista, clientelista, cada vez menos técnica, menos sanitária.
O fechamento de sete equipamentos de Saúde de Santo André para obras de modernização, a partir desta semana, afetará diretamente ao menos 1.820 munícipes. A preocupação, porém, é que com o remanejamento destas pessoas – antes atendidas nas unidades que ficarão fechadas por longos períodos – a rede registre sobrecarga e entre em colapso.
Um dos equipamentos que passará por reforma é a UPA – Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Santo André, cuja média diária é de 260 atendimentos. Até a modernização ser entregue, em setembro de 2018, a orientação é que os pacientes se dirijam ao Pronto Atendimento da Vila Luzita. Outras unidades a serem fechadas para reforma são Vila Humaitá (entrega em outubro de 2018), bairro Campestre (janeiro de 2019), Bom Pastor (novembro de 2018), Parque das Nações (outubro de 2018), Centro de Especialidades III (dezembro de 2018). Sobre esta última, a técnica de segurança do trabalho Adriana Araújo, 45, criticou. “Fecharam uma unidade que foi entregue há apenas dois anos? Não precisava ser fechada e muito menos de reforma.”
Pelo SUS e pela saúde de Santo André, resistiremos e lutaremos.
Rio de Janeiro, 03 de agosto de 2017
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco