Responsável pela orientação política e acadêmica dos epidemiologistas no país, o Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia teve sua elaboração retomada nesta quinta-feira (17), em uma oficina que reuniu membros da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, representantes da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde em Brasília.
O evento marcou a retomada da elaboração do plano, pausada desde 2005. O debate para elaboração do 5º Plano Diretor para o Desenvolvimento da Epidemiologia traz consigo desafios: como retomar o debate para fortalecimento da área após 18 anos, diante de um cenário pós-pandêmico?
Neste período, mudanças expressivas foram observadas tanto no desenvolvimento técnico-científico do campo, quanto nas demandas e necessidades em saúde, incluindo a vivência de uma crise sanitária sem precedentes, como foi a pandemia de Covid-19.
A mesa de abertura do evento contou com participação de Guilherme Werneck, Diretor DAEVS representando, também, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Tania Araujo, da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, Ligia Kerr, vice-presidente da Abrasco, Maryanne Oliveira Campos, e Juan Escalante Cortez, representante da Organização Pan Americana de Saúde (Opas). Participaram, de forma remota, os abrasquianos Cesar Victora, Rita Barradas Barata e a presidente da Abrasco, Rosana Onocko.
Para Tânia Araújo, integrante da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, a oficina marca o pontapé inicial para a elaboração do plano. “Estávamos ansiosos pelo retorno do Plano. Fomos engolidos pela pandemia diante de uma gestão do Governo Federal que podava a possibilidade de avançarmos na discussão. A crise sanitária trouxe muitos desafios, desde a forma de ensinar epidemiologia, à pesquisa e nossa relação com a política.”, reflete.
“Agora, diante de um Governo favorável, a epidemiologia já pôde avançar em diversas direções. Esse encontro é um deles. Estou plenamente convicta de que faremos uma discussão que vai impulsionar propostas para avanço da epidemiologia” completa a representante da Abrasco.
A tarde foi marcada por oficinas e atividades em grupos, divididos em grupos temáticos referentes aos três eixos de atuação da epidemiologia e todo o debate realizado nas oficinas será debatido e norteará a produção do plano diretor. Epidemiologistas de todo o país se reuniram para discutir as prioridades do 5º Plano, pensando nos três eixos de atuação: ensino; pesquisa em epidemiologia e sua aplicação na Políticas, Programas e Serviços de Saúde.