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Abrasco contribui no governo federal com quadros estratégicos

Bruno C. Dias

Aplicar conhecimentos técnico-científicos para efetivar a cidadania na sociedade brasileira por meio da implementação de políticas públicas, principalmente na dimensão da Saúde, da seguridade social e dos Direitos Humanos, essa é uma das principais missões dos sanitaristas. Neste sentido, associadas e associados à Abrasco foram chamados para contribuir neste momento de união e reconstrução do Brasil, convocados pelo governo federal.

Liderado por Nísia Trindade, o Ministério da Saúde convidou diversos quadros da Abrasco para compor os 2º e 3º escalões e estruturas subordinadas. Para Isabela Cardoso, integrante do Conselho Deliberativo da Associação e que presidiu nosso 13º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, recém-realizado em Salvador, participar desse momento histórico significa valer-se do potencial técnico, científico e político dos sanitaristas a serviço da reconstrução das políticas públicas. “Tecendo estratégias, caminhos e possibilidades junto com os movimentos sociais, com a sociedade civil, com as instâncias interfederativas e de participação social para as ações necessárias e urgentes em prol da equidade e justiça social”, aponta a nova secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.

Para Ethel Maciel, coordenadora da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, é a hora e a vez da comunidade científica contribuir com os seus melhores quadros nas mais diversas áreas. “A ciência deve ser o eixo balizador dessa retomada, por isso é fundamental, nesse momento de reconstrução das políticas de saúde no Brasil, a participação das sociedades científicas”, diz Ethel, nova secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente.

Novos atores e atrizes políticas: À frente da coordenação da Saúde da População Negra do MS, Luís Eduardo Batista ressalta a real oportunidade de profissionais negras e negros formados nos espaços dos movimentos sociais e científicos, como os grupos temáticos da Abrasco, exercerem cargos na gestão de um governo federal com uma dedicada política de inclusão.

“No caso da saúde da população negra há um crescimento desse campo nos últimos anos e também um número expressivo de pessoas jovens para ocupar esses cargos, muitas que já são fruto de políticas de ações afirmativas anteriores. Você pega um momento em que precisamos de um olhar das políticas públicas para as populações vulnerabilizadas e um grupo de pessoas negras prontas e preparadas para esses cargos, num cenário político de um gestor que prioriza o enfrentamento ao racismo. Essa conjugação de elementos nesse momento possibilita que nós possamos contribuir de fato com a qualidade das políticas públicas para os nossos segmentos”, analisa Luís Eduardo, fundador e integrante do GT Racismo e Saúde.

Essa mesma avaliação é compartilhada por Alexandre da Silva, integrante dos grupos Racismo e Saúde e Envelhecimento e Saúde Coletiva, convidado pelo Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida para ser o novo Secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.

“Os grupos temáticos e eventos promovidos pela Abrasco são espaços importantes para a discussão, aprendizado e contato com atores sociais envolvidos no bem viver da população brasileira. A Abrasco defende a democracia e, desde sempre, atuou para o bom funcionamento das políticas públicas no país, principalmente aquelas direta ou indiretamente ligadas à saúde coletiva. A pauta sobre envelhecimento na Abrasco foi uma que tive oportunidade de criar, juntamente com outras pessoas, das mais diversas formações e formas de atuação, preocupadas com a vida das pessoas idosas”. 

Alexandre reconhece o tamanho do desafio à frente da Secretaria e convida o conjunto da sociedade brasileira, incluindo Abrasco, a pensar políticas públicas para os segmentos historicamente negligenciados em nosso país.

Colaboração e autonomia em prol do SUS: Para Rosana Onocko-Campos, atual presidenta da Abrasco, o papel da Associação foi e será o de contribuir com a produção de evidências, consensos e recomendações em prol da melhoria das políticas públicas em geral e do SUS, em particular.

“A retomada do caminho da ciência no Ministério da Saúde – já declarada pela Ministra Nísia – poderá contar sempre com a parceria da Abrasco, mantendo nossa autonomia acadêmica e científica e estabelecendo uma colaboração profícua que honre a história de nossa Associação, de perfil técnico- político e sempre comprometida com a democracia”, define Rosana Onocko-Campos.

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Ser um associado (a) Abrasco, ou Abrasquiano(a), é apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, mas também compartilhar dos princípios da saúde como processo social, da participação como radicalização democrática e da ampliação dos direitos dos cidadãos. São esses princípios da Saúde Coletiva que também inspiram a Reforma Sanitária e o Sistema Único de Saúde, o SUS.

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