Na semana passada, o Ministério da Agricultura liberou mais 42 agrotóxicos, chegando ao total de 405 novos registros só em 2020. Karen Friedrich, do GT Saúde e Ambiente da Abrasco e pesquisadora da Fiocruz, concedeu uma entrevista ao O Globo, e afirmou que a maioria das substâncias – muitas proibidas na maioria dos países – não são novas, estão há bastante tempo no mercado do agronegócio e, portanto, já há bastante estudo sobre os danos que elas causam ao meio ambiente e à saúde das pessoas. “Muitas pragas estão desenvolvendo resistência a elas, o que leva o agricultor a utilizar os produtos em maior quantidade, aumentando os riscos”, afirmou Friedrich.
Karen também comentou a aprovação de 11 substâncias biológicas, que, caso houvesse incentivos para produção orgânica e agroecológica no país, seriam um avanço para a produção de alimentos sem veneno. “Não existe mercado para essas moléculas. Antes havia uma política de incentivo à produção orgânica e agroecológica, à agricultura familiar, e programas de uso de orgânicos em merenda escolar em algumas cidades. Mas ao longo dos anos houve uma redução de investimento, que ficou concentrado na produção tradicional e de grandes culturas”.
Leia matéria completa, publicada em 27/11/2020 no O Globo.