Em meio a uma pandemia global que já vitimou pelo menos 400 mil brasileiros, uma nova ameaça surge para agravar o risco à vida da população. Recentemente, uma criança de 7 anos ficou com feridas abertas pelo corpo após levar banho de agrotóxico despejado sobre uma área rural no norte do país por aviões.
Agricultores acreditam que a aeronave foi contratada por um produtor de soja que já possui histórico de divergência com comunidades da região. As famílias já habitavam a região muito antes do uso da terra para o agronegócio e presenciaram o desmatamento do cerrado para dar lugar à monocultura. Atualmente, algumas casas já fazem fronteira com essas plantações e são as principais atingidas pelas chuvas de agrotóxicos.
A matéria produzida pela Repórter Brasil cita a nota de repúdio assinada pela Abrasco e outras entidades em apoio às comunidades tradicionais Carranca e Araçá, em Buriti, Estado do Maranhão e que alerta para o uso de agrotóxicos e sobre as altas taxas de “deriva” do agrotóxico quando pulverizado por aviões. O documento cita que “70% do agrotóxico aplicado por aeronaves não atinge o alvo. A chamada “deriva” contamina o solo, os rios, as plantações que não utilizam agrotóxicos (agroecológicas) e, como vimos agora, populações inteiras.”