Após um processo árduo de discussões, o Brasil ganha, a partir de outubro, um novo modelo de rotulagem de alimentos. Será obrigatório informar, nas embalagens dos produtos, quantidades elevadas de açúcar, sódio ou gordura saturada. A mudança é defendida pelas organizações da sociedade civil, sobretudo as reunidas na Aliança Pela Alimentação Saudável e Adequada, e pretende garantir à população mais informações sobre o que consome.
O Globo publicou uma matéria sobre a mudança, e entrevistou a pesquisadora Inês Rugani, do GT Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva da Abrasco. Ela afirmou que é necessário criar práticas para lidar com a epidemia da obesidade no Brasil, sem responsabilizar o indivíduo: “Não são razões individuais que explicam o aumento da obesidade. O sistema alimentar é adoecedor”.
A rotulagem com descrições mais precisas sobre a composição dos alimentos é importante, mas precisa ser complementada com outras políticas, como tributação de alimentos e bebidas açucaradas. É o que defendeu Daniela Canella, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP), também entrevistada pelo veículo.
Leia matéria completa, publicada em 2 de maio de 2022, no O Globo.