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Abrasco participa de matéria que denuncia fragilidades do plano de vacinação

Bruno C. Dias, com informações de Rubens Valente, do UOL

Foto: Thirdman / Pexels – Edição: Abrasco

Mudanças na lista dos grupos a serem vacinados e, principalmente, tibieza na prioridade que deveria ser a proteção da população brasileira. Esses foram os dois pontos destacados por Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Abrasco, em participação na matéria investigativa do jornalista Rubens Valente, para o portal UOL.

Num espaço de 11 dias, o governo federal retirou de sua lista de prioridades na vacinação contra a Covid-19 dois grupos: motoristas de transporte coletivo (678 mil trabalhadores) e brasileiros de 50 a 59 anos de idade (23,8 milhões de habitantes).

A reportagem compartilhou com o especialista os documentos originais, claramente baseados na campanha de vacinação da influenza, pois citam apenas uma dose de vacina para cada brasileiro, enquanto as opções apresentadas para o novo coronavírus preveem duas doses. Na leitura de Guimarães, o erro ressalta “o grau de amadorismo” dos preparativos do governo para a campanha de vacinação contra a Covid-19.

O problema central não está no desencontro dos grupos anunciados, segundo o vice-presidente da Abrasco, que entende as discrepâncias como parte de um cenário em curso. Suas preocupações centram-se na ausência de outras populações vulnerabilizadas, como os e as habitantes de 6 mil territórios quilombolas espalhados pelo país e cerca de 220 mil pessoas em situação de rua, e nos demais aspectos de planejamento da campanha por parte do Ministério da Saúde.

“Primeiro, porque é muito pouco transparente. Temos uns 10 ou 12 pesquisadores de várias universidades que foram convidados a participar dessa planificação. Mas a participação deles está sendo muito tolhida. Tem sido pedido sigilo, uma coisa meio militarizada, muito ruim. É muito pouco transparente a planificação”, em diálogo com a nota “Posicionamento da Abrasco sobre a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19”.

Também em outra matéria do UOL, Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco, demarcou a crítica da Associação à estratégia apresentada. “O plano merece crítica nesse sentido, pois não preenche as questões básicas do planejamento para esse tipo de vacinação, que exige muito esforço.”

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