Atingido em cheio por problemas orçamentários, má escolha de representantes políticos e de gestores e por contratos cheios de irregularidades assinados com Organizações Sociais (OSs), o quadro da saúde pública no estado do Rio de Janeiro tem alarmado tanto a população local como toda a sociedade brasileira.
Programas de rádio e de TV têm feito diversas matérias sobre o cenário e, sempre que possível, a Abrasco busca participar das matérias, aprofundando o olhar das questões da saúde. Um deles é o Balanço Geral Rio, da Rede Record, que vem reunindo histórias e denúncias no especial batizado Rio na UTI. Por conta da municipalização de dois hospitais que compunham a rede estadual, a reportagem foi conferir a situação em algumas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que funcionam como porta de acesso ao SUS no estado. Nas unidades de Bangu e do Engenho Novo, registrou problemas de estrutura e ordenação do acesso.
Carlos Silva, secretário-executivo da Abrasco, abordou as carências apontadas na reportagem pelo aspecto da gestão e da necessidade de uma nova forma de organização do sistema que dê efetivo suporte ao planejamento em saúde. “O problema está ligado a uma boa gestão de saúde e a falta de recursos financeiros. Quando a gente atende o paciente, precisa de uma referência de especialidade, e não temos hoje essa estrutura bem consolidada”, disse ele à jornalista Adriana Matos. Ao comentar a penúria do entorno de uma das unidades, destacou uma visão mais ampla de saúde, que passa pelo acesso aos bens da sociedade e dos direitos humanos. “Saúde não é só o tratamento, é viver com qualidade. Quem está dormindo na porta de um hospital é porque está desprovido dos meios de acesso aos bens de qualidade, o que é direito de todo o cidadão”. Clique e confira a matéria.