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Abrasquianos defendem papel estratégico do SUS na consolidação dos sistemas universais de saúde

Bruno C. Dias, com informações da Comunicação do CONASS

Trinta anos de saúde e democracia materializados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que devem ser defendidos, trabalhados e consolidados no dia a dia da assistência e demais espaços institucionais, tanto da academia como da gestão. Esse foi o ponto central que uniu as falas dos abrasquianos Gastão Wagner de Sousa Campos, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) e presidente da Abrasco, e Jairnilson Paim, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e coordenador do Observatório de Análise em Políticas Públicas (OAPS), na sessão O Futuro do Sistema Único de Saúde, no segundo dia do Seminário Internacional O Futuro dos Sistemas Universais de Saúde, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), em 24 e 25 de abril, em Brasília.

Gastão Wagner apresentou perspectivas de futuro do SUS em meio aos rumos econômicos que se vislumbram. Para ele, apesar dos benefícios promovidos pela população ao longo dos 30 anos, há uma desconstrução lenta de gradual do SUS, o que leva à uma barbárie sanitária. “Temos de tentar consolidar as características positivas e impor resistências às dificuldades e tendências negativas. O futuro do SUS depende do projeto que temos para ele. O discurso forte é de desmanche gradativo até chegarmos ao modelo norte-americano. Temos de manter a tradição [dos sistemas universais] do século XX e modernizá-los para este terceiro milênio”.

+ Acesse a apresentação de Gastão Wagner

Jairnilson Paim ressaltou que é importante enfatizar que o SUS não veio como uma benesse do Estado ou de governos de ocasião, mas do movimento civil que combateu a ditadura por 21 anos. Paim ponderou não ser possível vislumbrar um cenário que não seja o da resistência e acúmulo de energias políticas para alterar a correlação de forças em defesa do direito à saúde e do SUS, convidando os gestores a pensar criticamente e com coragem com as palavras de Caetano Veloso. “Para além da gestão, temos de ter ousadia e, […] para citar um compositor e poeta baiano, que falou em suas músicas da alegria da alegria e que é proíbido proibir, algo importante para os dias atuais, ele também expressou “destino eu faço, não peço. Tenho direito ao avesso”.

+ Acesse a apresentação de Jairnilson Paim

A sessão contou também com as contribuições de Eugênio Vilaça, médico sanitarista e consultor, e Edson Araújo, economista sênior do Banco Mundial. A mediação foi de Oswaldo Tanaka, diretor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP). Acesse no link o conjunto das apresentações dos dois dias de seminário. Leia a matéria da cobertura do evento no site do Conselho.

Assista à sessão O Futuro do Sistema Único de Saúde, no segundo dia do Seminário Internacional O Futuro dos Sistemas Universais de Saúde e clique no canal YouTube do CONASS para assistir à sessão do primeiro dia

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