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Abrasquianos falam sobre pulverização aérea à imprensa

Sancionada por Michel Temer, vice-presidente em função interina, a lei 13.301/2016 que dispõe sobre medidas de controle do mosquito Aedes aegypti, abrindo “permissão da incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida”, tem mobilizado pesquisadores da Saúde Coletiva, da Agroecologia e da Geografia a falarem em diversos veículos de imprensa sobre a real dimensão dos problemas.

+ Nota da Abrasco contra pulverização aérea de inseticidas para controle de vetores
+ Temer sanciona pulverização de agrotóxicos em áreas urbanas
+ Marcelo Firpo fala à Agência Brasil sobre a pulverização aérea

Nelson Gouveia, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (DMP/FM/USP), ex-vice-presidente da Abrasco e integrante do Grupo Temático Saúde e Ambiente (GTSA/Abrasco), concedeu entrevista à TVT, emissora educativa voltada para o debate de assuntos relacionados ao mundo do trabalho. Para Gouveia, “não há evidência científica de que isso é útil à população no combate ao Aedes. Ela só serve para contaminar o meio ambiente”, destacou ele, ressaltando os possíveis efeitos cancerígenos e neurotóxicos à saúde humana que a larga difusão dos pesticidas podem causar. A matéria teve também a participação de Larissa Bombardi, professora de Geografia da mesma USP que registra o número de mais de 2.100 crianças intoxicadas com agrotóxicos nos últimos anos, principalmente por causa da pulverização aérea nas lavouras e nas zonas rurais. Assista abaixo na íntegra.

Outra abrasquiano que vem falando sobre o tema é Luiz Claudio Meirelles, pesquisador do Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (CESTEH/ENSP/Fiocruz). Em entrevista concedida ao Blog do Planeta, ligado à revista Época, Meirelles ressaltou que a pulverização aérea só elimina os vetores adultos que estão no espaço externo no momento da aplicação, continuando sem atingir aqueles escondidos em ambientes fechados dentro dos domicílios, como argumentam os defensores da proposta. Clique e leia na íntegra. Ele falou também à TV ENSP sobre a estratégia proposta pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola. Confira o vídeo.

Leia também:
Nota conjunta Conass/Conasems
Nota informativa sobre pulverização aérea e o controle de endemias do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde
Nota do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea)

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