31 de março de 2014
Ao longo da última semana, a TV Brasil exibiu uma série de matérias e programas sobre os 50 anos da ditadura militar, marcado pelo golpe realizado da madrugada de 31 de março para 1º de abril de 1964. No último dia 26, o telejornal Repórter Brasil abordou os efeitos desse período da história sobre a organização da saúde brasileira. A matéria conta desde a unificação da assistência social sob a égide do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e seu braço na saúde, o Instituto de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) até a criação do SUS e as consequências até hoje sentidas. Apesar da junção das assistências das categorias trabalhadoras, os cortes em investimentos sociais levaram ao crescimento da iniciativa privada e a inviabilização de uma prestação de serviços humanizada e integral no setor, que só voltaria a ser discutida na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. A reportagem traz declarações dos abrasquianos José Noronha, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e também presidente da Associação Latino-Americana de Medicina Social (Alames), e Ligia Bahia, conselheira da Associação e professora do Instituto de Estudos em Sáude Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ), sobre essas transformações.
O vídeo aborda também as perseguições políticas sofridas por cientistas da área, como a demissão de dez pesquisadores da Fiocruz em 1970, conhecida como Massacre de Manguinhos e comentada pelo ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), Arlindo de Souza, e seu atual dirigente, prof. Hermano Castro (foto). Confira.