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Adriano Massuda no Valor Econômico: “que a dureza dessa pandemia nos sirva de lição”

Ação de saúde no Parque das Tribos, em Manaus (AM). Foto: Alex Pazuello/Semcom

A pandemia do novo coronavírus precisa servir de ensinamento para o SUS e apontar uma melhor articulação entre ações de assistência, prevenção e política social. Esse é o mote do artigo  Fortalecer o SUS será essencial para a segurança sanitária, assinado pelo abrasquiano Adriano Massuda e publicado no Valor Econômico em 25 de maio. No texto, o médico sanitarista, pesquisador visitante da Harvard TH Chan School of Public Health e integrante do Comitê Assessor de Relações Internacionais da Abrasco fez uma análise da resposta brasileira à pandemia, identificando o que pode, com isso, ser corrigido no SUS pós Covid-19.

O pesquisador fez uma comparação, ainda que precoce, sobre o enfrentamento da pandemia em alguns países e no Brasil. Apesar da oposição do presidente da República, o Ministério da Saúde alertou para os riscos da doença e sensibilizou a população. A redução da velocidade da transmissão da doença aconteceu em várias regiões do país graças ao distanciamento social adotado.

Porém, o tempo que tivemos para nos preparar, do surgimento dos primeiros casos até a chegada da doença no Brasil, não foi suficiente. Faltam equipamentos de proteção individual, testes diagnósticos e respiradores. “Tampouco [o Ministério da Saúde] tomou iniciativas para aprimorar bases de informação e a regulação do acesso a leitos de UTI nas regiões de saúde – instrumentos essenciais para a gestão do SUS diante dessa situação”, afirmou Massuta, também professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (EAESP-FGV-SP).

O pesquisador assinalou a escassez de recursos e afirmou que a implementação do SUS não foi completa e que, nos últimos anos, as fragilidades se agravaram. “Que a dureza dessa pandemia nos sirva de lição. Fortalecer o SUS pós-covid é essencial não só para melhorar a saúde, mas para otimizar o uso de recursos, garantir segurança sanitária e manter a atividade econômica no país. Um SUS forte deve ter base na ciência e, sobretudo, na solidariedade – a alma dos sistemas universais de saúde”, concluiu. Clique e confira o artigo. 

 

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