A primeira edição de uma série de Ágoras que abordam os ensinamentos de Paulo Freire aconteceu nesta quinta-feira (21). Os debates marcam o centenário do educador, com debates multidisciplinares sobre seu legado, práticas de cuidados e formação, pesquisa e construção de conhecimentos em Saúde Coletiva. Ainda no mês em que é celebrado o dia das professoras e professores, o primeiro encontro abordou as contribuições do educador para as práticas da saúde coletiva. O evento foi transmitido ao vivo pela TV Abrasco.
“Se todos dermos as mãos, quem sacará as armas?” Com essa reflexão, o palhaço, professor, ator e artista de rua, Richard Riguetti, concluiu a sua apresentação que deu início à esta edição da Ágora. Nita Freire chamou atenção para a posição do médico na educação popular, reforçando a necessidade de um olhar atento e também intuitivo entre o médico e o adoecido. “Não penso com a razão, nas palavras de Paulo, mas com a razão em parceria com meus sentimentos e emoções. No mundo freiriano não há prescrições e nem receitas do que fazer ou de como fazer”, afirma a pedagoga. “No campo de vocês, eu acho que a primeira coisa que temos que estar atentos é a intuição”, aconselha.
Esta edição contou também com apresentação de Eymard Vasconcelos (UFPB/ GT Educação Popular em Saúde) e mediação de Renata Pekelman (GHC/ GT Educação Popular em Saúde) e Kátia Reis (CESTEH/ENPS/Fiocruz/GT Saúde do Trabalhador).
Há ainda dois encontros previstos que lançam olhar sobre o universo freiriano: As práticas de cuidado nos territórios, no dia 11/11 e Formação, pesquisa e construção de conhecimentos em Saúde Coletiva no dia 02/12.