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Anaclaudia Fassa: “o isolamento está funcionando, mas precisamos mantê-lo”

Thereza Reis

Foto: Abrasco

Docente do Programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e diretora da Abrasco, Anaclaudia Fassa tem contribuído no debate social da pandemia do SARS-CoV-2 em entrevistas e participações em diversos veículos de imprensa, analisando o desenvolvimento da curva epidêmica e as necessidades de ações para seu interrompimento. A abrasquiana lidera a equipe que desenvolveu uma área de gráficos e calculadoras sobre os números da Covid-19 no Brasil para a Plataforma Educacional de Saúde da Família Kurt Kloetzel, do Departamento de Medicina Social da UFPel. De fácil entendimento, é possível acompanhar o crescimentos dos casos confirmados e óbitos, contribuindo no planejamento de ações necessárias ao enfrentamento da doença.

Em entrevista ao quadro Repórter SUS, produção entre a Comunicação da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e o jornal Brasil de Fato, Anaclaudia afirmou que a curva da Covid-19 ainda está em crescimento no Brasil, e que nenhum estado chegou ao topo, alguns deles ainda no início da epidemia. “A gente só vai saber se passou do topo na verdade quando começar a decrescer, porque é difícil prever exatamente quando vai ser o topo”, afirmou a pesquisadora.

Anaclaudia Fassa disse ainda que o isolamento social tem sido eficaz, e que é necessário que ele dure mais, até a curva decrescer. “O isolamento social que fizemos está conseguindo achatar a curva, espalhar esses casos ao longo do tempo. Quando a gente espalha os casos ao longo do tempo, esse período do topo fica mais longo, ainda é influenciado pelo isolamento social”, explicou.

A pesquisadora também foi entrevistada pela Zero Hora, em matéria que indaga se o Brasil será o novo epicentro do coronavírus no mundo. A abrasquiana pontuou novamente a necessidade da manutenção do isolamento social. “Embora venhamos a ser o epicentro da pandemia, o isolamento está funcionando, porque espalhamos os casos ao longo do tempo. Ao olharmos a taxa de óbitos pela população, o Brasil fica entre os países que fizeram isolamento social de maneira mais precoce. No ponto da epidemia em que estamos, não somos Itália nem Espanha. Mas, para isso, precisamos manter o isolamento. O relaxamento certamente acelera a epidemia”, reiterou. Em março, no início da pandemia, ela falou também ao programa Viração, podcast da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (ADUFPel).

Nesta semana, Fassa participará como debatedora do colóquio extra realizado pela Ágora Abrasco, intitulado Covid-19: distanciamento social e enfrentamento do colapso do sistema de saúde. A atividade acontece na quinta-feira, dia 7, às 16h30 e faz parte dos eventos paralelos da Marcha (virtual) pela Ciência, movimento liderado pela Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC). Em abril, Fassa também participou como debatedora do o colóquio Reorganização e expansão da assistência hospitalar para o atendimento da Covid-19: onde estamos? O que fazer?

Leia a matéria do quadro Repórter SUS, do Brasil de Fato/EPSJV,  a reportagem da Zero Hora e o podcast ViraçãoConfira a plataforma do DMS/UFPel e a cobertura da Abrasco sobre o tema.

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