Durante uma reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da Anvisa, em 6/7, o órgão decidiu, por unanimidade, manter a proibição de cigarros eletrônicos, sobretudo por causa dos danos à saúde dos usuários. A discussão se deu a partir da avaliação de um Relatório de Análise de Impacto Regulatório, com dados sobre o uso dos dispostivos.
Claudio Maierovitch, vice-presidente da Abrasco, participou da audiência, representando a entidade. O sanitarista pontuou que a ciência têm demonstrado que os malefícios dos cigarros eletrônicos são muito semelhantes aos feitos com a folha de tabaco, mas que há uma fantasia de que são menos nocivos. “Nós, como sociedade, precisamos agir para impedir esse movimento que atrairá nossos jovens para um novo vício, e que encurtará a vida de muita gente”.
Assista à reunião completa:
Maierovitch conversou com o Correio Braziliense, e afirmou que as propagandas de cigarros realizadas pela indústria tabagista – até que fosse implementada a legislação para regulamentar a publicidade dos produtos no Brasil – associavam o artefato a bem estar e saúde.
“Isso gerou um grande aumento de casos de câncer, doenças cerebrais e cardíacas além de doenças vasculares e pagaram cientistas para que estudos que traziam os malefícios a respeito do cigarro fossem contestados”. Leia a matéria completa, publicada em 6/7.
Também para o Correio Braziliense, o pesquisador comentou sobre a fiscalização dos produtos: “Não há nenhuma fiscalização porque quem tem que fiscalizar é a polícia, e não a Anvisa. Há décadas ficamos expostos às propagandas da indústria do cigarro. Até que se constatou que os malefícios eram tão grandes que não era mais possível negá-los. Agora, a indústria mudou o portfólio: vende os cigarros eletrônicos e tenta repetir o mesmo script de antes”. Leia mais.