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Ativistas protestam contra Ricardo Barros em inauguração na Fiocruz

Bruno C. Dias

Na primeira visita de Ricardo Barros, titular do Ministério da Saúde, à sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, trabalhadores, pesquisadores e estudantes demonstraram sua indignação em protesto realizado na entrada do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos. Barros veio para a inauguração do Centro Henrique Penna – Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico, realizada nesta sexta-feira, 09 de dezembro, no campus Manguinhos.

Considerado vital para a autonomia e eficiência do SUS para a produção de medicamentos biológicos, vacinas e reagentes para testes diagnóstico, o Centro Henrique Penna permitirá incorporar novas tecnologias, ampliando a capacitação tecnológica e a produção de insumos estratégicos no Brasil. A concepção integrada do Centro permitirá melhor articulação das várias atividades de desenvolvimento tecnológico e produção, racionalização das operações e utilidades industriais.Clique e saiba mais sobre o novo centro de produção.

Diversas autoridades receberam Barros. A mesa da cerimônia foi composta pelos deputados federais Hugo Leal, Odorico Monteiro e Alexandre Serfiotis; Paulo Buss, representando a Academia Nacional de Medicina; Daniel Soranz, secretário de saúde da cidade do Rio de Janeiro; Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, secretário de saúde do estado do Rio de Janeiro; Artur Roberto Couto, diretor de Bio-Manguinhos; Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, e Barros.

As falas das autoridades científicas evidenciaram a importância e a ousadia da nova planta industrial, que abriga modernas plataformas tecnológicas para produção de testes em grande escala, com capacidade de 20 milhões de reações/ano, e que deverá chegar a 98 milhões de doses de remédios e produtos biológicos.

Último a falar, Barros ateve-se ao tema dos fármacos, destacando o papel da nova planta para o desenvolvimento de vacinas, que deverá elevar a produção e consolidar as parcerias público-privadas, “como forma de retorno à sociedade dos investimentos feitos”. Ao final da cerimônia, Barros e Gadelha inauguraram oficialmente o prédio.

Desde as 9 horas, os manifestantes concentraram-se para produzir e reunir faixas e cartazes com as chamadas #ForaTemer e #ForaBarros, apontando as posições de Barros contrárias ao SUS. Próximo às 10 horas, Barros chegou à unidade por uma entrada reservada, para evitar os ativistas. Os manifestantes permaneceram em vigília e mobilização até o final da cerimônia.

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