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Ato político expõe à sociedade luta por 10% das receitas para o SUS em Belo Horizonte

Um encontro de debates, produção científica e mobilização política. O Ato Mais Médicos, mais SUS reuniu os participantes do 2º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde e militantes dos movimentos sociais na porta do MinasCentro para sensibilizar a população de Belo Horizonte da luta por uma saúde universal, igualitária e integral.

A mobilização surgiu a partir do diálogo da Abrasco com o Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte. “Aproveitamos o congresso da entidade, que aceitou de imediato a proposição”, disse Ederson Alves, presidente do CMS-BH. Ao som de versões bem-humoradas de músicas que estão na cabeça da população – OS, OS, assim você me mata/Não vem com essa saúde que é privatizada – entidades e personalidades políticas revezaram-se ao microfone.  “Estamos nas ruas para garantir os rumos de mobilização pelo controle social do setor”, frisou Marcio Pereira, secretário-executivo do CNS.

As entidades saudaram a campanha Saúde + 10, que recolheu mais de dois milhões de assinaturas para a criação do projeto de lei de iniciativa popular que garante o repasse de 10% das receitas correntes brutas da União para o SUS. O deputado estadual Adelmo Leão (PT) ressaltou que somente a pressão popular conseguirá valer o desejo da população. “Se não mantivermos a mobilização, a as assinaturas vão ficar somente no papel”.

Em sua fala, Ana Costa, presidente do Cebes, destacou que o movimento segue desde a criação do SUS com garra e esperança e o momento atual exige a renovação desse compromisso. “O inimigo é o capital, que tem o interesse que nossa agenda não se concretize. Temos de reforçar a luta da saúde dentro do conjunto de direitos sociais”.

Luis Eugenio Souza, presidente da Abrasco, destacou que o Congresso não pode ser indiferente à mobilização da sociedade. “Não é possível que os deputados fiquem insensíveis a um projeto que reuniu mais de dois milhões e duzentas mil assinaturas, quase o dobro do projeto da ficha limpa. Esse é importante passo na luta contra o subfinanciamento e por mais recursos para o SUS”.  A Alames, convidada e parceira do Congresso, também manifestou apoio. “Nos inspiramos na luta do SUS brasileiro e estamos à disposição para fortalecer essas ações na América Latina”, disse Alexandro Saco, do Foro de Salud do Peru.

A compreensão de que a luta do SUS atravessa todos os brasileiros e que, para conquistar direitos é fundamental apontar para a utopia teve sua melhor expressão na fala de Aquilas Mendes, professor da USP, da PUC-SP e militante do Fórum Nacional contra as Privatizações da da Saúde. “Temos de enfatizar que somos todos trabalhadores. A nossa luta é insana, mas nossa participação na sociedade só aumenta. Se lutamos pelo Saúde Mais 10 é porque queremos Saúde Mais 100”.

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