Ocupar as faculdades e institutos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) não foi suficiente: as abrasquianas e abrasquianos ganharam o quintal da UERJ com o Ato-Show em Defesa da Universidade Pública e do SUS, na Concha Acústica Marielle Franco, realizado na noite da quarta-feira, 25 de julho, no encerramento do Pré-Congresso do 12º Congresso Brasileiro de Saúde – Abrascão 2018.
Gulnar Azevedo e Silva, diretora do Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ) esteve à frente da organização do ato. Gulnar destacou a importância da primeira manifestação na Concha Acústica desde que ela foi batizada Marielle Franco: “É muito importante para nós esse evento porque leva as questões da saúde para a população como um todo, nos aproxima do que é uma sociedade que briga em defesa do SUS e da Universidade Pública”.
A integrante da Abrasco Gulnar Azevedo e Silva esteve à frente da organização do Ato-Show. Ela é Diretora do Instituto de Medicina Social da UERJ.
Para anunciar a invasão artística e política, o Loucura Suburbana rufou os tambores. O bloco carnavalesco criado no processo da luta antimanicomial do Instituto Nise da Silveira quebrou a rotina da comunidade uerjiana. A fanfarra é formada por trabalhadores, usuários – e seus familiares – do serviço de saúde mental, e conduziu o cortejo até a Concha Acústica. Na sequência, foi lançado o documentário “SOS UERJ”, uma produção de Rafael Duarte e John John Valle sobre a crise enfrentada pela universidade.
Marília Louvison, diretora da Abrasco, saudou o ato representando toda a Associação: “Eu tenho a honra de dizer que a gente está aqui em defesa de um sistema de saúde público, em defesa da universidade pública. Um convite para a resistência, para produzir conhecimento, para garantir o direito à vida. Não dá para admitir uma piora da nossa Atenção Básica, uma piora do nosso sistema de vacinação, uma redução de direitos. Nós estamos aqui em nome da Democracia. Saúde é Democracia”. Além de Marília, falaram em nome da Abrasco o coordenador do GT Racismo e Saúde, Luís Eduardo Batista, e a integrante do GT Gênero e Saúde Simone Diniz.
Também participaram Lucia Souto, presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES); Carlos Ocké-Reis, presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES); Guilherme Vargues, pela Associação de Docentes da UERJ – Asduerj; Regina de Souza, coordenadora do Sindicato de Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado do Rio de Janeiro – Sintuperj; e Paulo Garrido, presidente do Sindicato dos Servidores da Fiocruz – ASFOC/SN. Pelo movimento estudantil, usaram o microfone os estudantes Douglas Vinícius, Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM) e Manuelle Matias, vice-presidente da Associação Nacional de Estudantes de Pós-Graduação (ANPG) e da Associação de Pós-Graduandos da UERJ, além de representantes do Diretório Central dos Estudantes da Universidade (DCE-UERJ).
As falas intercalaram, ainda, shows de Tomaz Miranda, Susana Dal Poz, Nina Rosa, Dorina e Moyseis Marques – e quem apresentou os artistas foi o DJ Lencinho, do Circo Voador. O anfiteatro, lotado, recebeu por último a Orquestra Voadora – famoso bloco do carnaval carioca, que encerrou os dois dias intensos de cursos, atividades, encontros e afetos.
Loucura Suburbana
Susana Dal Poz
Tomaz Miranda
Dorina
Moyseis Marques
Nina Rosa
Assista ao documentário “SOS UERJ”