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Barros ataca novamente profissionais de saúde e entidades médicas questionam declarações

Bruno C. Dias com informações da Folha de S. Paulo e CFM

Foto: CFM

Durante um evento governamental promovido para empresários e entidades do mercado, realizado no último dia 13, Ricardo Barros, titular da pasta do Ministério da Saúde, voltou sua bateria de ataques à política de pessoal do Sistema Único de Saúde (SUS), em especial ao trabalho médico. Com argumentos comuns em tais eventos empresariais, Barros defendeu a adoção do sistema de biometria para controle de ponto em todas as unidades de saúde e a definição de metas de produtividade.

Já conhecido por suas frases agressivas, disse que “o médico precisa parar de fingir que trabalha” e que “o grande problema de saúde [no Brasil] é que não conseguimos fazer que o médico fique quatro horas na unidade de saúde”.

Reação das entidades médicas: No mesmo dia, a Associação Médica do Brasil (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgaram nota na qual rebatem as declarações feitas por Barros. Segundo as entidades, são completamente inadequados os comentários “pejorativos que se mostram desconectados da realidade a respeito do trabalho dos profissionais da saúde, em especial dos médicos, bem como da própria dinâmica de funcionamento do SUS”. Acesse aqui o conteúdo da nota conjunta. 

Na sequência, as Sociedades Brasileiras de Ortopedia (SBOT) e de Pediatria (SBP), além da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia  (Asbai) e da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) – clique e leia – também manifestaram-se contrárias à fala de Barros.

Neste 25 de julho, a Abrasco se soma às entidades na crítica a Barros e amplia o debate, apontando não apenas problemas na concepção do trabalho médico por parte do Ministro, mas sim à toda a visão da política de pessoal construída e desenvolvida em 27 anos de SUS.

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