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Bernadete Perez fala à imprensa sobre regulação de leitos e falta de profissionais especializados em UTI

Reprodução: GloboNews

Docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e vice-presidente da Abrasco, Bernadete Perez Coelho tem representado a Associação em diversas entrevistas recentes à imprensa sobre a pandemia da Covid-19. em particular sobre a regulação unificada de leitos e a formação dos profissionais médicos.

Em matéria no Diário de Pernambuco, Perez esclareceu que a regulação unificada de leitos das redes pública e privada não é uma proposta nova na resposta à pandemia, e encontra-se em curso na Espanha e outros países da Europa. A proposição defendida pela Abrasco e demais movimentos tem respaldo legal na Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XXV, que diz  “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”.

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Para a abrasquiana, a regulação da fila de pacientes sem distinção de classe social, seguindo o modelo de lista única da fila de transplantes de órgãos, é uma urgência humanitária, e que não pode ser rebaixado pelos interesses por lucro da iniciativa privada. “Nosso receio é que, quando o sistema público entrar em colapso, o que já vem ocorrendo em algumas cidades brasileiras, a rede reserve seus leitos aos pacientes que podem pagar, à revelia da prioridade dos casos clínicos”, destacou Perez,. que também  participa do coletivo Rede Solidária em Defesa da Vida, que lançou em abril a campanha “Vidas Iguais”, ação em paralelo à campanha unificada “Leitos Para Todos + Vidas Iguais”, estas nucleadas no Rio de Janeiro.

Além da regulação unificada, outra questão importante abordada pela vice-presidente da Abrasco é a falta de profissionais especializados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Gestores em saúde correm contra o tempo e tentam criar novos leitos de UTI para o tratamento de pacientes graves da Covid-19. Entretanto, há falta de profissionais, principalmente médicos intensivistas. O problema atinge mais as regiões norte e nordeste do Brasil. Ao portal Uol, ela ressaltou sobre que essa situação se agravou ainda mais na pandemia da Covid-19,  já que o coronavírus, agente causador da doença, é altamente contagioso.

Na conversa com o jornalista Carlos Madeiro, Bernadete Perez afirmou que, nas novas frentes de trabalho, estão contratando profissionais sem formação específica de intensivista e destacou que todos precisam de treinamento.  “A formação para esses profissionais — enfermaria e leitos de UTI — tem sido por capacitações breves. Essas capacitações são treinamentos rápidos, que têm relação com paramentação, com a caraterística do vírus, [entender] o que é SRAG [Síndrome Respiratória Aguda Grave], quais os sinais de alerta, qual é a hora de sair da enfermaria e ir para a UTI, como higienizar todo o material de proteção individual, a intubação. É importante, também, tentar compor escalas com profissionais com maior experiência. Isso tem ajudado no cotidiano dos serviços”, completou Perez.

A abrasquiana também esclareceu dúvidas dos telespectadores no telejornal GloboNews Em Ponto, do canal de TV por assinatura, em 26 de abril. Entre os assuntos abordados, Perez falou sobre testes, cuidados no uso das máscaras, grupos de risco e formas de contágio.

Leia a íntegra da matéria da Abrasco sobre as campanhas pela regulação unificada dos leitos para o enfrentamento da Covid-19

Confira a matéria do Diário de Pernambuco, aqui  a íntegra a matéria do Uol; e o vídeo da GloboNews.

 

 

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