São significativas as chances do Brasil sediar a 22ª edição do Congresso Mundial da União Internacional de Promoção e Educação na Saúde, como conta Marco Akerman, vice-presidente do Board para a América Latina. A decisão só saberemos no início de dezembro, em Paris, durante a Reunião Anual do Board, uma vez que há outro concorrente: África do Sul. A UIPES é uma associação profissional internacional com mais de 50 anos, independente, e que congrega indivíduos e organizações comprometidos com a melhoria da saúde e bem-estar das pessoas, por meio da educação, ação comunitária e do desenvolvimento de políticas públicas saudáveis.
“Como valores que embasam sua prática propugna respeito pela dignidade inata de todas as pessoas, pela identidade cultural, pela diversidade cultural, por recursos naturais e pelo meio ambiente. A inclusão e envolvimento das pessoas na tomada de decisões que moldam suas vidas e o impacto sobre a sua saúde e bem-estar; equidade em saúde, os resultados sociais e econômicos para todos os povos também são outras premissas; como também a prestação de contas e transparência, dentro de governos, organizações e comunidades; sustentabilidade; justiça social para todas as pessoas, e compaixão e empoderamento”, explica Akerman.
Organizada mundialmente, a UIPES está sub-dividida em sete Oficinas Regionais. Uma delas, a Oficina Regional da América Latina conhecida como ORLA, tem Marco Akerman como vice-presidente, eleito para o triênio 2013-2016. Akerman é também coordenador do GT de Promoção da Saúde e DLIS da Abrasco. A UIPES é governado por um “Board” Executivo composto por 22 pessoas eleitas nas distintas Regiões do mundo, que inclui, também, outra brasileira, Ronice Franco, membro do GT de PS e DLIS da Abrasco.
No 21º Congresso Mundial da UIPES realizado em agosto deste ano, na cidade de Pattaya, Tailândia, a Delegação Brasileira, liderada por Akerman e Ronice, apresentou o Brasil como candidato a realizar o próximo Congresso em 2016, em Curitiba (PR). “Mais do que reivindicar, apenas, ser o anfitião do Congresso, pusemos na agenda a promoção da saúde como uma questão política, apresentando três dimensões desta politização: A Dimensão Latino-americana com nossa contribuição histórica e atual em relação ao enfoque dos determinantes sociais da saúde (DSS); o papel do Estado na formulação e implementação de políticas relevantes para a inclusão social; a Dimensão Nacional tendo o SUS como uma Política de Saúde Universal e de Estado e como um direito de cidadania; em 2016, a Política Nacional de PS comemora seu 10 º aniversário (uma oportunidade de rever as Políticas Nacionais em todo o mundo); e a Dimensão Municipal tendo o urbano como um DSS; e o direito à cidade”, ressaltou Akerman.