Doze brasileiros estão entre os cientistas mais influentes do mundo: dentre eles, os abrasquianos Carlos Monteiro e Cesar Victora. Todo ano a empresa de consultoria Clarivate Analytica contabiliza o número de citações por artigos publicados nos últimos dez anos e, assim, elabora a lista dos mais referenciados em suas áreas de atuação.
Carlos Monteiro é professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP) e coordenador do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (NUPENS/USP). Possui graduação em Medicina, Residência e Mestrado em Medicina Preventiva, Doutorado em Saúde Pública, todos cursados na USP, e pós-doutorado no Instituto de Nutrição Humana da Columbia University. Segundo o Lattes, de dezenas de projetos de pesquisa realizados na área da Nutrição em Saúde Pública, resultaram vários livros e monografias e mais de 150 publicações indexadas com mais de 5 mil citações no JCR (H=36) e mais de 20 mil no Google Scholar Citations (H=80). É bolsista de produtividade científica do CNPq desde 1981 e pesquisador nível IA desde 1989.
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Cesar Victora é Professor Emérito de Epidemiologia na Universidade Federal de Pelotas/UFPel. Cursou graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também especializou-se em Saúde Comunitária. É Doutor em Epidemiologia pela Escola de Higiene e Medicina Tropical da London School e cursou o pós-doutorado na UNICEF Evaluation and Research Unit. Suas pesquisas incluem as áreas de saúde e nutrição materno-infantil, amamentação, coortes de nascimento, desigualdades sociais e avaliação de serviços de saúde, tendo resultado em mais de 700 publicações científicas com mais de 26.000 citações no Web of Science (índice H = 83). Suas principais contribuições científicas incluem a documentação da importância do aleitamento materno exclusivo para prevenir a mortalidade infantil e a construção de curvas de crescimento infantil atualmente adotadas em mais de 140 países.
Também foram mencionados Paulo Eduardo Artaxo Netto (USP), Alvaro Avezum (Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese), Luísa Gigante Carvalheiro (Universidade Federal de Goiás), Adriano Gomes da Cruz (Instituto Federal do Rio de Janeiro), Daniel Granato (Universidade Estadual de Ponta Grossa), Miriam Dupas Hubinger (Unicamp), Renata Valeriano Tonon (Embrapa), Ana Maria Baptista Menezes, Paulo Andrade Lotufo (USP) e Guilherme Vanoni Polanczyk. Dentre as áreas de conhecimento desenvolvidas pelos pesquisadores brasileiros estão ciências agrárias, meio ambiente, geociência, medicina e ciências sociais, além de áreas transversais.
Os Estados Unidos são o país com maior número de pesquisadores mencionados, 2.639 ao todo; em seguida aparece o Reino Unido, com 546; e em terceiro lugar a China, com 482.