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Em carta à Ministra Rosa Weber, pesquisadores da Saúde Coletiva denunciam pseudo-ciência de parecer da PGR

Bruno C. Dias

  • Entrada do Supremo Tribunal Federal, na Esplanada dos Três Poderes - Foto: STF

Um grupo de 301 pesquisadores da Saúde Coletiva brasileira enviou nesta sexta, 3 de setembro, carta aberta à Ministra Rosa Weber no qual questiona os argumentos pseudo-científicos da Subprocuradora Geral da República Lindôra Maria Araújo, que eximiu o Presidente Jair Bolsonaro de qualquer responsabilidade penal pelo não uso de máscaras em manifestações públicas recorrentes e em especial no dia 17/08, arroladas na petição 9.695/DF da PGR. A mensagem, protocolada pela Abrasco, cobra uma retificação do posicionamento emitido pela subprocuradora. A notícia foi veiculada na coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, neste domingo, 05/09, e também na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, em 07/09.

Na carta, eles destacam a existência de evidências científicas suficientes que justifiquem a recomendação das máscaras, embasados por pesquisas financiadas por governos da grande maioria dos países, pelas agências regulatórias e Organização Mundial da Saúde, colocando-as entre os mais importantes recursos para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Ressaltam o desserviço tanto da atitude de Bolsonaro como do posicionamento da PGR, ajudando a aprofundar a pandemia.

“Esta negação é prejudicial não apenas por inserir no processo legal uma informação que é inconsistente com o muito que se acumulou cientificamente sobre o tema, ela pode prejudicar ainda mais a política de prevenção Covid-19 que o Governo Federal do nosso país tem resistido na sua implementação.”

Encabeçam a lista os abrasquianos César Victora, Maurício Barreto, Gulnar Azevedo e Silva, Carlos Augusto Monteiro, presentes nos rankings internacionais como pesquisadores mais influentes de suas áreas de estudos.

Confira a carta.

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