Maria Cecília de Souza Minayo, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz) e presidente da Abrasco (1994-1996), recebeu o título benemérito do Estado do Rio de Janeiro, outorgado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em sessão solene realizada em 14 de maio. Representada por sua filha Miriam de Souza Minayo, a coordenadora do Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/ENSP) e editora-chefe da revista Ciência& Saúde Coletiva escreveu depoimento no qual disse estar extremamente honrada com a homenagem e alertou para atenção à saúde física, mental e às condições de trabalho, salários e violência as quais os policiais civis e militares do Rio de Janeiro são submetidos. Minayo é uma das coordenadoras da pesquisa Missão Prevenir e Proteger: condições de vida, trabalho e saúde dos policiais militares do Rio de Janeiro.
Em entrevista ao Informe ENSP, pesquisadora ofereceu o título aos colegas do Claves/ENSP pelo desenvolvimento de pesquisas sobre a história, o perfil e as condições de trabalho e saúde dos policiais militares e civis do Rio de Janeiro. “Desde então, estamos em contato com gestores dessas corporações, presentes na mídia e em vários fóruns sociais e de saúde advogando sobre a necessidade de se reconhecer a importância da pessoa dos policiais e de suas corporações não só na construção da segurança mas, principalmente, na democracia no país. A construção da sociedade moderna democrática se baseia no processo de persuasão e de coerção. E a polícia cumpre um papel fundamental nos elementos de prevenção e de proteção que abarcam esses dois movimentos. Além, é claro, de seu papel coercitivo. Para isso, precisa de ter formação, condições de trabalho e muita atenção a sua saúde. Costumo dizer: polícia não é máquina nem robô de produzir segurança pública”.