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Ciência aberta e escassez de recursos: desafios para os novos representantes dos editores no Comitê Consultivo SciELO Brasil

Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz Imagens

O Comitê Consultivo SciELO Brasil tem novos representantes na área de Ciências da Saúde, e eles são da Saúde Coletiva. Moisés Goldbaum, editor da Revista Brasileira de Epidemiologia (RBE), periódico editado pela Abrasco, foi reeleito à vaga de representante titular. Junto com ele, Leila Posenato Garcia, editora da Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS), assume como representante suplente. 

Responsável pela formulação e aplicação das políticas e critérios de avaliação de periódicos científicos para inclusão e permanência na coleção, o Comitê Consultivo da Coleção SciELO Brasil é formado por editores-chefes de periódicos das áreas. A eleição entre os editores ocorre a cada dois anos.

Para Leila Posenato Garcia, o aprimoramento dos periódicos da coleção é uma importante ação para a área da Saúde. “O Programa SciELO tem critérios rigorosos para a entrada e permanência das revistas, que são periodicamente revisadas. Isso faz com que as equipes editoriais devam trabalhar constantemente para atender os critérios da coleção”.

A editora da Epidemiologia e Serviços de Saúde disse que há mais exigências hoje sobre procedimentos relativos à ciência aberta, com destaque para políticas de incentivo à abertura de dados de pesquisa.

“A equipe do SciELO trabalha muito para dar suporte às revistas indexadas, o que inclui a manutenção do portal no qual as revistas são acessadas, a atribuição do DOI, a produção de indicadores de citação, além de iniciativas para a divulgação das revistas, a exemplo da parceria com a agência Bori e o Blog SciELO”, ressaltou.

A falta de investimentos em Ciência e Tecnologia no país faz com que o financiamento seja um dos maiores desafios das publicações científicas, incluindo as da área da Saúde Coletiva. O Programa SciELO é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o suporte às revistas é ofertado sem qualquer custo. Leila Posenato Garcia pontuou que a escassez de recursos compromete a manutenção e o desenvolvimento dos periódicos científicos.

“Algumas revistas, sem alternativas, têm passado a cobrar taxas dos autores para a publicação de artigos. Nesse contexto, creio que um grande desafio é permitir que as revistas da Saúde Coletiva, tenham garantidos sua manutenção e aprimoramento, ao mesmo tempo em que a publicação de artigos seja acessível aos autores”.

Para a editora, outro desafio será continuar a fortalecer o conjunto de revistas da Saúde Coletiva, de modo que “mais revistas da área possam alcançar os critérios para indexação na Coleção SciELO Brasil”, concluiu.

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