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Ciência & Saúde Coletiva – Abril de 2023

Foto: Iwaria Inc/Unsplash

Este número temático traz ao leitor artigos referentes aos cuidados com os primeiros anos de vida e inclui duas pesquisas com gestantes. Os estudos vêm ao encontro do conceito dos “primeiros 1.000 dias” que compreende a soma do período gestacional e dois primeiros anos de uma criança, pois, segundo evidências científicas, nesse tempo é possível haver alterações epigenéticas capazes de interferir no desenvolvimento do ser humano, beneficiando-o ou prejudicando-o.

Evidências científicas e estudos longitudinais vêm mostrando que ações que garantem nutrição adequada e estimulação precoce nessa fase da vida contribuem para a formação e o desenvolvimento cerebral da criança, repercutindo em ganhos para a saúde em curto, médio e longo prazo. Ao garantir esses cuidados, é grande a probabilidade de queda no risco de mortalidade infantil, bom desenvolvimento cognitivo, motor e socioafetivo, desempenho social, capacidade de aprendizado, aumento da estatura e de peso equilibrado. Ademais, os cuidados nesse início de vida diminuem o risco de, quando adulto, a pessoa ter obesidade, doenças crônico-degenerativas e, ao contrário, aumentar sua capacidade de trabalho e de produtividade.

É importante destacar que a nutrição materna e as habilidades adquiridas pela mulher ao longo da vida interferem diretamente na nutrição e no desenvolvimento das crianças que dela dependem, daí a importância de se investir em políticas públicas voltadas para esse segmento da população. Portanto, o cuidado com os primeiros anos na infância significa prevenção de agravos e promoção da saúde!

Tendência temporal da prevalência e mortalidade infantil das anomalias congênitas no Brasil, de 2001 a 2018
As anomalias congênitas (AC) configuram um relevante problema para a saúde pública global, afetando em média de 3% a 6% dos recém-nascidos em todo o mundo. No Brasil, ocupam a segunda posição entre os principais grupos de causas de óbito infantil. Assim, estudos amplos são necessários para mostrar o impacto das AC na saúde infantil. O presente estudo descreve a tendência temporal da prevalência e da mortalidade infantil por AC entre nascidos vivos (NV) no Brasil e em suas cinco regiões de 2001 a 2018.

Análise estratégica da atenção às malformações congênitas: proposta de abordagem para o desenho de linhas de cuidado
O trabalho apresenta uma proposta de agrupamento de casos para organização de serviços e linhas de cuidado. Trata-se de um estudo exploratório, no campo do planejamento e organização dos serviços de saúde, que utilizou como caminho metodológico a pesquisa documental e bibliográfica e a consulta a especialistas, por meio da técnica de grupo nominal.

Qualificação interprofissional da atenção pré-natal no contexto da atenção primária à saúde
O artigo descreve e analisa a intervenção educativa interprofissional para a qualificação da atenção pré-natal no contexto da atenção primária à saúde. Trata-se de uma pesquisa-ação cujo processo de intervenção teve como cenário a qualificação pré-natal, a partir de um curso sistematizado em atividades síncronas e assíncronas, com a participação de 65 profissionais que atuam em Unidades Básicas de Saúde. 

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