A questão inevitável diante da Lei 10.216/2001 que tratou da reforma psiquiátrica no Brasil é: ela foi capaz de criar densidade institucional que desse rumo e orientação às mudanças? Ela favoreceu a transformação das instituições de saúde e a ampliação dos direitos sociais e cívicos? Esta edição de Ciência & Saúde Coletiva faz um balanço dessas questões-chave, decorridos dez anos da legislação, mostrando a profunda inflexão em direção ao modelo assistencial que privilegia o indivíduo, a família e a comunidade em lugar do isolamento social.