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 NOTÍCIAS 

Ciência & Saúde Coletiva – Março de 2021

Exposição “Sentidos do Nascer”, em Brasília (DF), 2015. Foto: José Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas

Editorial

Avanços e desafios da assistência ao parto e nascimento no SUS: o papel da Rede Cegonha

Silvana Granado Nogueira da Gama; Erika Barbara Abreu Fonseca Thomaz; Sonia Duarte de Azevedo Bittencourt

Desde 1984, quando foi criado pelo Ministério da Saúde o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança, até hoje, várias ações foram instituídas e tiveram grande importância nas transformações do quadro epidemiológico brasileiro. Um dos processos fundamentais desencadeados focou-se na humanização do parto. Nas duas últimas décadas, destacaram-se o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (2000), a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, ambos em 2004, e o Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil no Nordeste e na Amazônia Legal (2009).

Embora essas políticas e estratégias tenham garantido progressos inenarráveis como acesso praticamente universal ao pré-natal e ao parto hospitalar e redução da morbimortalidade materna e infantil, ainda há muito caminho por percorrer e indicadores inaceitáveis: predomínio de causas evitáveis de óbito materno e infantil; alta frequência de intervenções obstétricas desnecessárias, como a cesariana e concentração de óbitos neonatais nas primeiras horas de vida.

Visando a melhorar esses indicadores, em 2011, o Ministério da Saúde lançou a Rede Cegonha: uma estratégia para alcançar mudanças no modelo de atenção ao parto e nascimento e de ampliar e qualificar as práticas de cuidado e gestão na assistência à saúde da mulher e da criança. Em 2017, a Fundação Oswaldo Cruz e Universidade Federal do Maranhão realizaram uma avaliação de 606 maternidades conveniadas ao SUS com plano de ação da Rede Cegonha e responsáveis por mais de 50% dos partos do país. São os resultados deste belíssimo trabalho que constam desta Edição Temática que contém 17 artigos originais provenientes dessa investigação. Como dizem os coordenadores da edição “esperamos que este [trabalho] contribua para uma ampla reflexão acerca dos avanços e desafios do parir e do nascer no Brasil”.

REFERÊNCIAS

1 Leal MC, Szwarcwald CL, Almeida PVB, Aquino EML, Barreto ML, Barros F, Victora C. Saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil nos 30 anos do Sistema Único de Saúde (SUS). Cien Saude Colet 2018; 23(6):1915-1928. [ Links ]

2 Bittencourt SDA, Vilela MEA, Marques MC, Santos A, Silva CK, Domingues RMSM, Reis A, Santos G. Atenção ao Parto e Nascimento em Maternidades da Rede Cegonha: avaliação do grau de implantação das ações. Cien Saude Colet 2021; 26(3):801-819. [ Links ]

Acesse Ciência & Saúde Coletiva Vol.26 N.3, de março de 2021, no site da revista e na base SciELO.

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