O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), aprovou, no início deste mês, uma alteração nas subáreas do Comitê de Assessoramento em Saúde Coletiva e Nutrição (CA-SN) da instituição. A mudança atende a um pleito antigo da Abrasco e espera-se um efeito positivo na distribuição de bolsas e financiamentos de editais.
Com a modificação, aprovada pelo Conselho Deliberativo (CD) do CNPq, as subáreas da Saúde Coletiva passam a ser: 1 – Epidemiologia; 2 – Ciências Sociais e Humanidades em Saúde; e 3 – Política, Planejamento, Gestão e Avaliação, uma nova divisão alinhada à estrutura disciplinar do campo da Saúde Coletiva.
A pesquisadora e vice-presidente da Abrasco, Suely Deslandes, destaca que a medida é importante para aprimorar a distribuição de recursos e o fomento à pesquisa. “Essas três subáreas organizam a distribuição de bolsas de pesquisa, editais, recursos, representação. Então, toda a estruturação organizacional e que decide o financiamento passa pela organização dessas áreas. Dessa forma, a distribuição de recursos será conduzida de forma mais adequada”, detalhou.
O Comitê de Assessoramento de Saúde Coletiva e Nutrição (CA-SN) do CNPq foi criado em 2000 e, desde 2005, as subáreas da Saúde Coletiva em vigor eram: Epidemiologia; Saúde Pública e Medicina Preventiva. Em ofício enviado ao CNPq no mês de setembro de 2023, a Abrasco reiterou o pleito e destacou a necessidade de reorganizar a divisão das subáreas com o objetivo de refletir a natureza interdisciplinar da Saúde Coletiva e sua preocupação com os determinantes sociais da saúde.
De acordo com o documento, “Epidemiologia é fundamental para a compreensão dos problemas de saúde em populações, as Ciências Sociais e Humanidades em Saúde permitem compreender as dimensões sociais e culturais da saúde, e a Política, Planejamento, Gestão e Avaliação são essenciais para a implementação de políticas públicas de saúde”.
Suely Deslandes enfatizou a importância da atuação da Abrasco para a nova divisão de subáreas do CNPq. “A Abrasco sempre teve um papel bastante ativo nesse processo de transformação. Foram vários movimentos para contribuir com essa nova organização”, declarou.