“A vulnerabilidade dos povos indígenas à ocorrência e aos impactos da covid-19 era prevista ainda nos primeiros momentos da pandemia, e segue se confirmando em diversos indicadores, que incluem taxas de transmissão e letalidade mais elevadas que aquelas registradas entre não indígenas”, alertou Maurício S. Leite do GT Saúde Indígena/Abrasco na abertura da ágora Território e saúde: (in)segurança alimentar e acesso à água potável durante a pandemia. Apresentada em ambiente virtual, a roda de conversas faz parte da programação do Abril Indígena – ATL 2021, do Acampamento Terra Livre. Organizado desde 2004, o Acampamento Terra Livre transformou-se na principal atividade conjunta de resistência dos povos indígenas do Brasil.
Inara do Nascimento Tavares do Instituto Insikiran/UFRR e GT Saúde Indígena/Abrasco, juntamente com Douglas Jacinto da Rosa da UFPR e Conselho Estadual dos Povos Indígenas/CEPI; Vanda Ortega Witoto do Parque das Tribos/AM e Rosana Lima Viana da Funasa e UFMA, foi categórica ao abordar o desmonte das políticas públicas de segurança alimentar, pauta sinalizada pelos movimentos sociais da população indígena mesmo antes da pandemia causada pela covid-19. “A fome, no contexto dos povos indígenas, está associada ao não reconhecimento e à não garantia dos territórios tradicionais”, pontuou Inara.
A última ágora com a participação da Abrasco no Abril Indígena acontecerá no dia 28 e abordará as Frentes Indígenas de Enfrentamento da Pandemia, quando jovens lideranças vão falar das estratégias e articulações organizadas pelos indígenas para responder a covid-19 – Clique e acesse à programação completa das Ágoras Abrasco – Especial Abril Indígena.
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