O próximo Congresso Brasileiro de Epidemiologia contará com cerca de 200 palestrantes convidados que serão responsáveis pelo debate nas mais de 80 mesas redondas e palestras, além de 44 cursos e oficinas pré-congresso. A décima edição do Congresso Brasileiro de Epidemiologia teve sua a programação científica fechada em reunião realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nos dias 17 e 18 de maio. A Comissão Científica definiu as atividades que serão realizadas durante o congresso. O evento será realizado de 7 a 11 de outubro de 2017 em Florianópolis, com o tema “Epidemiologia em defesa do SUS: formação, pesquisa e intervenção”.
Nos dois dias de reunião, a Comissão buscou construir uma programação científica que incorporasse os principais temas da epidemiologia, desde novos métodos e técnicas de pesquisa e análise de dados até desafios sanitários, como as doenças emergentes, reemergentes e negligenciadas, vigilância em saúde e doenças crônicas. Outro tema de destaque será o impacto da austeridade fiscal sobre a saúde das populações. No total, haverá cerca de 200 palestrantes convidados e serão realizadas mais de 80 mesas redondas e palestras, além de 44 cursos e oficinas pré-congresso.
Segundo Antonio Fernando Boing, professor da UFSC e presidente do 10º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, a Comissão Científica construiu um programa abrangente, mas também denso e muito estimulante. “O nosso objetivo é organizar um congresso que não só análise a produção científica e o quadro sanitário atual do Brasil, mas também que pense o futuro da epidemiologia brasileira e que inspire estudantes, profissionais de saúde, professores e pesquisadores a refletir sobre o papel da epidemiologia na melhoria das condições de vida das pessoas”.
Da mesma forma, a professora Maria Amélia Veras, presidente da Comissão Científica, destaca que a escolha do tema central do congresso visa destacar uma das principais conquistas da democracia desse país, o SUS. De acordo com ela, o tema foi escolhido por referenciar o atual contexto político e institucional que perpassa o Brasil. “Trata da importância que o SUS tem para a saúde da população e de que maneira instrumental o arcabouço da Epidemiologia pode fortalecer esse sistema”, destaca.
Serão seis eixos que o tema irá se desdobrar no evento, tratando sobre os desafios e avanços teóricos e metodológicos; avaliação e intervenção em saúde coletiva; ações e inovações em vigilância em saúde; ampliando o conhecimento, políticas e práticas; e sustentabilidade e integridade em pesquisa.
A programação completa do evento será disponibilizada na página www.epi.org.br no início de junho.