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A Comissão Científica do trabalho cuidadoso, paciente, criativo e colaborativo

Vilma Reis e Hara Flaeschen – estagiária

A Comissão Científica do Abrascão 2018 deu mais um passo na definição dos números mais importantes do Congresso. Em 2 dias de reunião no Rio de Janeiro, os participantes da Comissão chegaram bem perto do final da avaliação dos 7.913 trabalhos submetidos; concluíram quais as atividades farão parte do Pré-congresso e avançaram ainda mais na programação científica do 12º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. Em breve as inscrições para as atividades no Pré-congresso estarão abertas e em abril serão disponiblizados os resultados da avaliação dos trabalhos. 8.205 pessoas já se inscreveram no Abrascão 2018, participe também, acesse aqui a página oficial do Congresso.

Para Gastão Wagner, a Comissão Científica está fazendo: – “Um trabalho muito cuidadoso e paciente. De 86 pessoas, 55,8% são mulheres e o trabalho tem sido muito criativo e colaborativo, o pessoal tem divergência, mas estão conseguindo fazer de forma democrática, com discussões pacíficas. O congresso está saindo, a gente já tem o mapa das mesas e palestras: está bem amplo, muito interessante”. Ainda para o presidente da Abrasco, a avaliação dos resumos está sendo feita com um cuidado científico: – “Para que os Relatos de Pesquisa e os Relato de Experiência em Saúde Coletiva tenham um olhar de qualidade, de corte – aproximadamente 30% não foram aceitos, mas os outros 70% representam mais ou menos o estado da arte da pesquisa, das experiências”.

Durante a reunião Gastão abordou o lado científico e político do Congresso: – “A Abrasco – e os associados – somos uma entidade da sociedade civil, pública, mas não estatal – somos um movimento social que tem várias facetas. Defender as políticas públicas, o SUS, a Universidade Pública, os órgãos de pesquisa, da graduação, da pós-graduação… temos essas duas faces [a científica e a política]. Nessa faceta política a Abrasco tem uma interlocução com outros movimentos sociais: os usuários do SUS, os movimentos sociais de defesa dos direitos humanos, dos direitos de gênero, dos direitos das várias etnias… uma luta contra a opressão, pela democracia política, social, econômica, enfim. Nosso congresso precisa ter esse balanço, não é um lado a política e do outro lado a ciência, em grande parte do congresso está misturado, e é assim mesmo. Mas tem ações que têm um caráter mais científico, técnico, e outras que têm um caráter bastante político – e que a comissão científica, a comunidade da Abrasco tem achando que é importante a gente se manifestar”, pontuou.

Gastão pontuou sua discordância sobre uma Abrasco menos científica e mais política: – “Recebo críticas de que a Abrasco está muito política, que a faceta científica está descuidada. Eu discordo completamente, acho que é uma crítica conservadora. A gente escuta, inclui, envolve, mas a Abrasco não pode se afastar do contexto nacional e internacional que estamos vivendo. O tema do humanismo, da dignidade das pessoas, dos direitos, defesa da democracia, luta contra a dominação, a exploração, assassinato – nós vamos fazer, e continuar a fazer, e acho que a próxima diretoria  dará continuidade nessa política, aperfeiçoando-a com base nas críticas da experiência”, concluiu.

Números

Congresso: a programação científica trará em torno de 130 mesas e 20 palestras.
Pré-congresso: 45 cursos, 60 oficinas e 26 reuniões.
Resumos: 7.913 trabalhos submetidos, 8.205 inscritos atualmente.

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