O GT se vincula ao compromisso da Abrasco com a democratização na saúde, a Saúde Coletiva, o SUS e a ampliação do diálogo entre seus membros. Em sua composição, o GT agrega profissionais de distintas instituições de ensino, pesquisa e serviço além de lideranças sociais ligadas às diversas Práticas Integrativas e Racionalidades Médicas.
Dedica-se ao aprofundamento de temas atinentes ao objeto das PICS, qual seja, as novas racionalidades na atenção à saúde, a ampliação do modelo da integralidade do cuidado e as estratégias de ampliação e consolidação das práticas integrativas no SUS.
Os participantes do GT entendem que uma epistemologia ligada a um novo modelo de cuidado precisa levantar questionamentos sobre a instituição médica e os efeitos da medicalização e enfatiza a resistência em relação ao modelo biomédico e ao modelo médico centrado. Também questiona o próprio modelo de evidência científica, e estuda metodologias mais sensíveis ao conceito de saúde ampliado para além da visão cartesiana reducionista biomédica. Se colocam irmanados com as filosofias ancestrais do bem viver, convergentes com os valores e cosmologias de algumas Racionalidades Médicas vitalistas tradicionais.
Esses princípios se consubstanciam no ensino, na assistência, nas relações de poder entre profissionais e usuários e na construção de um sistema classificatório não excludente na área da saúde.
Desta forma, o GT dedica-se à reflexão permanente dos modelos de assistência, prevenção e promoção da saúde apresentados pelo Ministério da Saúde e sua necessária desvinculação do modelo colonial, discriminatório e hierárquico.
Entende que saúde não objeto é de um ministério apenas, mas de um conjunto de políticas socioeconômicas, educacionais, culturais e de saúde. Logo, a expressão de vida na sua ampla dimensão se dá na interface com diversas dimensões sócio, físico, cultural, social e espiritual.
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O GT Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares foi criado em novembro de 2013 com a missão de ampliar o debate sobre os sistemas médicos complexos e as práticas de cuidado e cura não-convencionais, diferentes daquelas orientadas pela racionalidade da medicina ocidental contemporânea no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o GT tem a missão de fomentar o intercâmbio e as parcerias entre os pesquisadores dedicados ao tema e sua interface com os gestores do SUS, movimentos sociais, instituições formadoras de profissionais de saúde e os demais GT da Abrasco.
O GT participa ativamente de diversos momentos da política de saúde no Brasil. Cabe destacar a Política Nacional de Práticas Integrativas (PNPIC) que foi publicada em 2006 e atualizada em 2017 e 2018.
Atua em conjunto com demais GT da Abrasco em congressos e participa de movimentos sociais, em particular a Rede PICS Brasil. Atualmente integra a Câmara Técnica Assessora da PNPIC (CTA-PNPIC) do Ministério da Saúde.
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Coordenação:
Fatima Sueli Neto Ribeiro (UERJ)
Membros:
Charles Tesser (UFSC)
Maria Eneida de Almeida (UFFS campus Chapecó)
Magda Ribeiro de Castro Soares (UFES)
Marilene Nascimento (UFF)
Mércia Maria de Santi (UFRN)
Nelson Filice de Barros (UNICAMP)