Provocar a Saúde Coletiva, e em especial pesquisadores e pesquisadoras da área de Política, Planejamento e Gestão, a produzir reflexões que avancem em aspectos teórico-metodológicos e sejam, ao mesmo tempo, instrumentos de resistência e de ampliação de direitos. Irmanados nessa proposição, integrantes da Comissão de Política, Planejamento e Gestão em Saúde da Abrasco reuniram-se em 8 de novembro para dar início à organização do 4º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde. O evento será realizado na cidade de São Paulo de 25 a 29 de julho de 2020, tendo os dois primeiros dias (25 e 26) dedicados às atividades pré-congressuais.
“Queremos um congresso que apresente, analise e proponha alternativas às políticas atualmente vivenciadas no país e que tais proposições garantam e ampliem o direito universal à saúde no Brasil” diz Rosana Onocko. A docente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp) e integrante da diretoria da Associação presidirá a Comissão Científica. O anfitrião e presidente do Congresso é Oswaldo Tanaka, diretor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).
“É uma honra poder contribuir com o campo e possibilitar que docentes, estudantes, profissionais de saúde e ativistas, baseados nos conhecimentos adquiridos em suas pesquisas, formação e vivências, tragam alternativas factíveis de preservação dos avanços alcançados nesses 31 anos de SUS. Acredito que possamos levantar formas de mobilização e de conformação de parcerias para que não aumentem a exclusão em curso” afirma Tanaka.
Olhares diversos e complementares: As parcerias citadas pelo presidente Tanaka foram ponto central da reunião em 8 de novembro último, sediada no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA), com a participação dos demais integrantes da Comissão por vídeo conferência.
Já está em construção a chamada pública para que grupos de pesquisa, grupos temáticos da Abrasco, programas de pós-graduação, cursos de graduação e movimentos sociais possam apresentar sugestões de atividades autofinanciadas e colaborativas, envolvendo e comprometendo assim toda a comunidade científica e militante da Saúde Coletiva com a realização de seus fóruns, reconhecidos por sua independência política e visão crítica.
Os eixos temáticos também estão em construção, mas já está definido que as mesas-redondas serão de até quatro participantes e deverão congregar as diversas posições presentes no campo sobre cada ponto. “Não se trata, portanto, de mesas com pessoas que já trabalhem juntas. Pelo contrário, queremos ofertar sessões com posições e alternativas diversas em cada um dos eixos temáticos que congreguem a produção da área da maneira mais integrada possível.” argumenta Rosana.
As comissões científica e de organização vão primar por composições que reúnam excelência acadêmica e diversidade regional, contando com pesquisadores plenos, juniores e mais experientes, que não dispõem de tempo para o duro trabalho que é edificar um congresso, mas de cujo aconselhamento as presidências do evento não desejam prescindir.
“Com esse espírito colaborativo, de reconhecimento de trajetórias e aberto às novidade que desejamos construir esse nosso quarto congresso, para que a área de Política, Planejamento e Gestão da Abrasco e todo o campo da Saúde Coletiva possam congregar suas melhores produções e demostrar que o SUS é possível como sistema universal e equitativo, único caminho para garantir saúde como direito no Brasil”, encerra Oswaldo Tanaka. Acompanhe as notícias do evento na página dedicada ao Congresso de Política, Planejamento e Gestão em Saúde no site da Abrasco.