Os coordenadores das áreas de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) vêm manifestar a toda comunidade da pós-graduação brasileira, a demais setores da comunidade científica e acadêmica e, em especial, ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, a grande preocupação com a crise que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) ora atravessa.
A UERJ, com seus mais de sessenta anos de história, é um patrimônio acadêmico público que tem prestado contribuição significativa ao desenvolvimento científico e tecnológico do país e um expressivo envolvimento na formação de pessoal qualificado o que a coloca em situação privilegiada no contexto das Universidades Públicas do Brasil. Com 35 mil alunos e 3 mil docentes a UERJ é considerada hoje a quinta universidade do país e 11ª da América Latina, segundo o ranking “Best Global Universities 2016”.
Com 33 cursos de graduação, 63 de mestrado e 43 de doutorado, além de inúmeros cursos de especialização, projetos de extensão, intercâmbios e parcerias internacionais a UERJ é uma das universidades públicas do país pioneiras na implantação do sistema de cotas, visando a inclusão dos diversos segmentos da sociedade no sistema acadêmico. Deve-se, ainda, destacar seu papel importante na formação de recursos humanos estratégicos para o Rio de Janeiro e para o país e a relevante interação com a comunidade contribuindo para a assistência e desenvolvimento social de todo o estado do Rio de Janeiro.
É com extrema preocupação que os coordenadores de área da CAPES olham a crise da UERJ e a situação futura de seus cursos de graduação e pós-graduação. Neste contexto é importante ressaltar que esta situação de crise afeta também outras universidades estaduais como a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e a Universidade Estadual da Zona Oeste (UEZO ) que, conjuntamente, somam 18 programas de mestrado e 14 de doutorado.
Desta forma expressamos nossa veemente solidariedade à comunidade da UERJ, UENF e UEZO e conclamamos o governo do Estado do Rio de Janeiro a envidar todos os esforços para uma importante ação de preservação desse extraordinário patrimônio cultural que cumpre papel estratégico para o país e para o estado do Rio de Janeiro no avanço do conhecimento e na formação de pessoal altamente qualificado.
Brasília, 02 de fevereiro de 2017
Colégio de Coordenadores de área da CAPES